IAG passa de prejuízo para lucro de 176 ME no 1.º trimestre
O International Airlines Group (IAG) lucrou 176 milhões de euros no primeiro trimestre, contra uma perda de quatro milhões no mesmo período de 2024, graças ao aumento das receitas de passageiros.

De acordo com a informação enviada hoje pelo grupo, que inclui a Iberia, British Airways, Vueling, Aer Lingus e Level, à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV), as receitas dos três meses totalizaram 7.044 milhões de euros, mais 9,6% do que um ano antes, refletindo a força da procura em toda a rede e em todas as marcas.
O grupo também informou hoje que encomendou 53 aviões Airbus e Boeing, a serem entregues entre 2028 e 2033, para expandir e substituir as suas frotas de longo curso por aviões mais modernos e eficientes em termos de combustível.
Além destas encomendas, foram assinadas 18 opções durante o trimestre (12 Airbus para a Iberia e a British e seis Boeing para esta última). O grupo também recebeu cinco novos aviões durante o primeiro trimestre.
Entre janeiro e março, o grupo movimentou 26,18 milhões de passageiros, menos 0,7% do que no ano anterior, e a sua taxa de ocupação baixou 0,4 pontos percentuais para 82,7%, embora os lugares por quilómetro transportado (AKO na terminologia do setor, que mede de forma mais homogénea) tenham aumentado 3,2%.
As receitas de passageiros ascenderam a 6.000 milhões de euros.
O resultado operacional antes das rubricas excecionais aumentou 130 milhões de euros, para 198 milhões de euros, uma vez que o crescimento das receitas e a descida do preço do combustível compensaram outros aumentos dos custos.
As receitas de passageiros atingiram os 6.000 milhões, com um aumento de 6,5%, embora o efeito da Páscoa (que no ano passado foi em março e este ano em abril) tenha pesado, e as da atividade de carga aumentaram 12,4% para 318 milhões de euros.
Os gastos operacionais subiram 7,6% para 6.846 milhões de euros, com os custos de pessoal a aumentarem 12% e os custos de combustível e taxas de emissão a diminuírem 4,1%.
O presidente executivo (CEO) do Grupo, Luis Gallego, explicou na apresentação ao supervisor espanhol que a procura de viagens continua elevada em todos os mercados, especialmente no segmento ‘premium’, apesar das incertezas macroeconómicas.
A ‘holding’ continua a concentrar-se no reforço da sua vasta carteira de marcas nos principais mercados do Atlântico Norte, América Latina e Europa, acrescentou.
No final do trimestre, o grupo IAG tinha uma dívida financeira de 15.486 milhões de euros, menos 1.859 milhões do que no final de 2024.
A Iberia registou um lucro operacional de 137 milhões de euros.
Entre as companhias aéreas com sede em Espanha, a Iberia teve receitas de 1.829 milhões, mais 15,3% do que no ano anterior, com 1.294 milhões de vendas de passageiros (mais 7,7%) e um resultado operacional antes de itens excecionais de 137 milhões de euros, mais 67 milhões do que em janeiro-março de 2024.
A Vueling, com sede em Barcelona, registou um prejuízo operacional de 55 milhões de euros, contra 85 milhões de euros no ano anterior, embora as receitas tenham crescido 4,1% para 567 milhões de euros.
A British Airways registou um lucro operacional de 96 milhões de euros, contra 10 milhões de euros no ano anterior, e a Aer Lingus perdeu 55 milhões de euros.
Para este ano, apesar das incertezas geopolíticas e macroeconómicas, as perspetivas do grupo mantêm-se, prevendo-se um aumento de 3% da capacidade.
A atividade na América Latina e na Europa mantém-se forte e a procura no Atlântico Norte é robusta, com um melhor desempenho no segmento ‘premium’ a compensar “alguma fraqueza recente” nas vendas de lazer dos EUA em classe económica.
Em 06 de maio, o grupo tinha cerca de 80% das reservas para o segundo trimestre, com receitas superiores às do ano passado, e 29% das reservas para o segundo semestre do ano, em linha com o ano passado.
Para este ano, a IAG prevê que os investimentos em ativos fixos totalizem cerca de 3.700 milhões de euros.
MC // CSJ
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram