IEFP quer aprofundar relação com Cabo Verde e ajudar na capacitação profissional

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Portugal quer aprofundar a relação com Cabo Verde e ajudar na capacitação profissional para garantir mais qualidade de formação no arquipélago, disse hoje fonte oficial.

IEFP quer aprofundar relação com Cabo Verde e ajudar na capacitação profissional

“Cabo Verde pode beber [de Portugal] naquilo que é o aprofundar da cooperação que já existe, apoio à formação que é desenvolvida para dar resposta às necessidade das pessoas, das empresas, no acompanhamento e aperfeiçoamento, na capacidade de podermos ajudar a formar formadores para que a formação tenha mais qualidade”, afirmou o diretor do departamento de formação do IEFP de Portugal, Luís Manuel Ribeiro, na Praia.

Ao discursar no fórum internacional `perspetivas e futuro´, no âmbito da comemoração do 30.º aniversário do IEFP de Cabo Verde, Luís Manuel Ribeiro sublinhou que a “cooperação entre os dois países está consolidada” e que há intenção de “aprofundar ainda mais” a parceria.

“É fundamental que também exista isso [relação consolidada] entre as organizações públicas cabo-verdianas, as confederações patronais, sindicais, porque só na construção em conjunto daquilo que é as respostas é que encontramos o caminho mais eficiente para concretizar os objetivos”, apontou.

Por seu lado, o presidente do conselho diretivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional de Cabo Verde, Paulo Santos, sublinhou que o “maior marco” da instituição é de ter “beneficiado milhares de jovens” cabo-verdianos com a capacitação.

Entretanto, apontou que a instituição tem um “grande desafio” que é de dotar os centros de boas condições nos espaços oficinais para que os jovens tenham espaços condignos, similares à Europa e outras paragens” e para que o país possa também formar com qualidade e acompanhar as novas tecnologias. 

“Temos uma visão de fazer de Cabo Verde um `hub´ de formação profissional e aproveitar as oportunidades da nossa sub-região”, apontou, adiantando que o país já assinou um acordo com o Governo português para criar centros especializados.

O acordo assinado em outubro de 2022 pelos dois governos, visa sobretudo reforçar a parceria no âmbito da formação profissional, esperando transformar o arquipélago num `hub` no setor e operacionalizar a livre circulação de pessoas e bens na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O diretor do IEFP instado a falar sobre como vê a migração laboral dos cabo-verdianos para Portugal, afirmou que se trata de “um processo normal”, que as pessoas sempre saíram do arquipélago para procurar novas oportunidades e que o país “não tem como controlar”.

“Agora aumentou o número porque foram flexibilizadas as leis em Portugal, a entrada de vistos de procura de trabalho, é um processo normal. Nós temos é que criar as condições no setor do turismo para reter os nossos quadros, os nossos bons ativos”, referiu.

“Nós estamos a fazer o nosso papel que é formar. Por ano, formamos seis mil a sete mil jovens. Estamos a criar as condições para que os jovens possam aproveitar os instrumentos de financiamento. Cabo Verde é um país de potencial, ainda tem espaço para potencializar, para crescimento, agora nós não podemos impedir as pessoas de procurarem novas oportunidades”, sustentou.

Em janeiro, o vice-primeiro-ministro cabo-verdiano, Olavo Correia, avançou que Cabo Verde conta atualmente com cerca de 12 mil jovens em estágios e formação profissional, após um investimento de quase oito milhões de euros em quatro anos.

O IEFP é a principal instituição pública responsável pela promoção do emprego e desenvolvimento de competências profissionais no país e atualmente conta com 12 centros de emprego e formação profissional.

 

ROZS // JMC

By Impala News / Lusa

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