Inflação nos EUA sobe três décimas para 3,5%
A taxa de inflação homóloga nos Estados Unidos acelerou em março para 3,5%, acima do esperado pelos analistas, de acordo com o índice CPI divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho.
O Índice de Preços no Consumidor (CPI) já tinha dado conta de uma subida da inflação para 3,2% em fevereiro, após ter ficado em 3,1% no mês anterior.
A nível mensal, o aumento de preços continuou a ser de 0,4%, como em fevereiro, quando os analistas esperavam uma desaceleração para 0,3%.
A nova subida da inflação pode comprometer uma descida das taxas de juro da Reserva Federal (Fed) em junho, como esperavam os mercados.
A inflação subjacente, que exclui os preços da energia e da alimentação por terem maior volatilidade, ficou inalterada em 3,8%, em termos homólogos (em relação ao mesmo período do ano passado), quando os analistas esperavam um abrandamento progressivo.
“Podemos dizer adeus à possibilidade de redução das taxas em junho. A falta de progresso em direção à meta de 2% é agora uma tendência”, indicou numa nota Greg McBride, analista financeiro do Bankrate.
“Não há qualquer melhoria, vamos na direção errada” e “os principais pontos problemáticos persistem”, acrescentou.
A inflação continua a ser impulsionada, como no início do ano, pelos preços dos combustíveis, da habitação e dos transportes, enquanto os preços dos produtos alimentares permanecem quase inalterados pelo segundo mês consecutivo.
Num sinal de que os mercados consideram que o primeiro corte das taxas está a partir de agora adiado, quase 77% dos analistas preveem que os juros continuem no seu nível atual na reunião de meados de junho.
O banco central norte-americano privilegia, no entanto, um outro índice de inflação, o índice PCE, divulgado pelo Departamento do Comércio, cujos dados de março serão publicados no dia 26 de abril.
A Fed começou a subir as taxas de juro em março de 2022 para lutar contra a inflação elevada, deixando desde julho de 2023 a taxa dos fundos federais inalterada no intervalo entre 5,25% e 5,50%, o nível mais alto em mais de 20 anos.
Os dirigentes do banco central indicaram após a sua última reunião que esperam fazer três cortes de 25 pontos base ao longo de 2024.
EO // EA
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram