Lucros do Deutsche Bank caem 41% para 1.132 ME no 1.º semestre devido a provisão
O Deutsche Bank lucrou 1.132 milhões de euros no primeiro semestre, menos 41% do que no mesmo período de 2023, por ter feito uma provisão de 1.300 milhões devido a uma queixa sobre a aquisição do Postbank em 2010.
A instituição financeira alemã afirmou ainda que no segundo trimestre perdeu 143 milhões de euros, em comparação com o lucro líquido de 763 milhões um ano antes, devido à provisão de 1.300 milhões para uma queixa sobre a oferta pública de aquisição do Postbank em 2010.
O Deutsche Bank anunciou em abril uma provisão de 1.300 milhões de euros para o segundo trimestre, depois de um tribunal alemão ter decidido, numa audiência preliminar, que alguns dos argumentos de uma queixa apresentada por antigos acionistas do Postbank contra a empresa, por causa da sua oferta pública de aquisição de 2010, eram válidos.
As receitas do banco aumentaram 2% nos primeiros seis meses do ano para 15.368 milhões, graças a um aumento de 12% na divisão de investimento, com 5.645 milhões.
Juntamente com esta divisão, o banco registou um aumento de 5% do volume de negócios da gestão de ativos (1.280 milhões), que compensou a queda de 3% do volume de negócios da banca de empresas (3.800 milhões) e da banca privada (4.710 milhões).
Entre abril e junho, as receitas da empresa cresceram 2% em termos homólogos para 7.589 milhões.
Os custos ajustados da empresa atingiram 5.000 milhões no segundo trimestre, o que representa um aumento de 2% em relação ao ano anterior e está em linha com os três primeiros meses do ano, num contexto em que o banco lançou um plano de redução de 3.500 postos de trabalho para poupar 2.500 milhões até 2025.
Nesta linha, o banco anunciou uma poupança de 1.200 milhões até à data, com uma redução de pessoal que atingiu um total acumulado de 2.700 postos de trabalho a tempo inteiro.
O Deutsche Bank reduziu a rendibilidade e o valor para os acionistas, com uma rendibilidade dos capitais próprios tangíveis de 3,9% no primeiro semestre, contra 6,8% um ano antes.
As provisões para créditos de cobrança duvidosa atingiram 915 milhões no período de um ano até maio, em comparação com 772 milhões no ano anterior, devido a provisões mais elevadas na banca de investimento para riscos imobiliários comerciais.
O rácio de capital de maior qualidade CET1 aumentou para 13,5% no final de maio, face a 13,4% em março, devido a menores deduções de capital regulamentar, enquanto os lucros subjacentes foram compensados pelo impacto negativo da provisão.
Além disso, o rácio de alavancagem foi de 4,6% no segundo trimestre, contra 4,5% no trimestre anterior, enquanto o rácio de cobertura de liquidez se situou em 136% no final de junho, sem alterações em relação a março.
Entre abril e junho, os depósitos de clientes do Deutsche Bank aumentaram 6.000 milhões de euros no segundo trimestre, para 641.000 milhões de euros.
MC // CSJ
By Impala News / Lusa
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