Paulo Macedo diz que lucros da CGD não são de curto prazo mas para ficar

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse hoje, no parlamento, que os lucros do banco não são de curto prazo e que sem alterações geopolíticas significativas em 10 anos estará a dar lucros todos os anos.

Paulo Macedo diz que lucros da CGD não são de curto prazo mas para ficar

“A Caixa não tem dado lucros nos últimos anos, dá lucro consecutivo desde 2017, não é curto prazo. Se não houver alterações geopolíticas a Caixa em 10 anos vai todos os anos dar lucro”, disse Paulo Macedo perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, acrescentando que “dizer que [os lucros da CGD] são lucros de curto prazo é tolice”.

Sobre os lucros de 2024, admitiu hoje que serão superiores aos de 2023 (1.291 milhões de euros) mas que também que “não vai ser sempre assim, estamos a falar do pico”, pois com as baixa das taxas de juro os lucros diminuirão. Ainda assim, acrescentou, a expectativa é que os lucros recorrentes “continuarão a ser expressivos”.

Para Macedo, uma CGD “com resultados positivos fortalece o sistema” e não há banco que seja relevante com “maus rácios financeiros”.

O gestor voltou a recordar os casos do Banif e do Banco Popular, reiterando (como já o fez várias vezes no passado) que se a CGD tivesse dado lucro de 2011 a 2016 “se calhar não tinha sido comprado por um euro o Banif e o Banco Popular”.

Macedo considerou ainda que não é despiciendo ter sido um banco espanhol [Santander] a fazer essas compras, pelo impacto no setor bancário português, mas que então era o único banco com possibilidade porque era o que vinha tendo resultados positivos recorrentemente.

Defendeu ainda que “não interessa se o lucro é alto ou baixo mas se remunera capitais”, neste caso os colocados pelo Estado já que a CGD é banco 100% público.

Paulo Macedo disse ainda que à CGD cabe remunerar o acionista, o Estado, e depois cabe aos políticos decidir no que aplicar esse dinheiro estimando que em dois anos a CGD entrega no total ao Estado 3.000 milhões de euros (entre dividendos e pagamento do imposto IRC).

IM // JNM

By Impala News / Lusa

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