Prestação da casa sobe 185 euros para créditos de 150 mil euros a 6 meses

A prestação da casa paga ao banco volta a subir em março nos contratos a taxa variável, sendo esperado um aumento de 185 euros no prazo a seis meses face à última revisão, segundo simulação da DECO.

Prestação da casa sobe 185 euros para créditos de 150 mil euros a 6 meses

Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses – a mais usada nos contratos de crédito à habitação em Portugal – e com um spread (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de março 727,85 euros, o que significa uma subida na prestação da casa de 185,57 euros face à última revisão em setembro.

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Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 685,34 euros, mais 67 euros do que em dezembro. Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de fevereiro de 3,135% a seis meses e de 2,640% a três meses.

Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa – para um empréstimo nas condições referidas – será de 763,06 euros a partir do próximo mês, um agravamento de 303,33 euros face ao que pagava desde março de 2022. Neste caso, o valor foi calculado tendo em conta a média da Euribor a 12 meses em fevereiro e que foi de 3,534%. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro. De então para cá, o BCE já aumentou as taxas diretoras por cinco vezes, o que significa um agravamento do valor que os clientes pagam pelos créditos, desde logo pelos empréstimos à habitação, o que tem deixado muitas famílias em dificuldades.

Perante o agravamento do custo com os créditos à habitação, o Governo aprovou um diploma (para vigorar até final de 2023) que enquadra as condições em que os bancos devem propor aos clientes uma renegociação do crédito de forma a evitar situações de incumprimento. Milhares de clientes já estão em processo de renegociação dos créditos, segundo informações dos principais bancos.

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