EXCLUSIVO: Mulher com doença terminal faz apelo perturbante no Hospital de Santarém [vídeo]

O vídeo de uma mulher internada no Hospital de Santarém está a tornar-se viral. Alegando que a unidade hospitalar «não tem solução» para a tratar, a paciente pede ajuda a todos os portugueses. Hospital de Santarém nega «ter desistido» da doente.

Ascenção Duarte, de 39 anos, está internada no Hospital de Santarém devido a um tumor maligno grave. Nas últimas horas, o caso desta mulher foi conhecido por milhares de portugueses, através de um vídeo que se tornou viral nas redes sociais. Nas imagens, a utente, mãe de dois filhos, surge deitada numa cama do referido hospital a pedir auxilio a todos os que estão a ver.

«No hospital onde estou, em Santarém, não há solução»

De acordo com Ascenção, a unidade hospitalar em causa «não tem solução» para o problema de saúde que enfrenta. Sugerindo que o tratamento do tumor e, consequentemente, a recuperação do mesmo seriam possíveis noutra instituição ou clínica, a paciente pede que a ajudem a «encontrar uma cura».

«Quero pedir ajuda. Tenho dois filhos que precisam de mim. Preciso de alguém que me ajude a encontrar uma cura, porque no hospital onde estou, em Santarém, não há solução», pode ouvir-se Ascensão Duarte dizer no vídeo, enquanto alguém (possivelmente Carolina Gomes – a colega de quarto que se disponibilizou para filmar) soluça em lágrimas.

No final, uma voz, também não identificada, apela à partilha do vídeo para que este «chegue à televisão». O vídeo publicado na passada quinta-feira, dia 5 de julho, por Nelson Lopes, cuja relação com a doente é desconhecida, já conta com mais de 700 mil visualizações e dezenas de comentários.

«Médica recusa-se a fazer mais tratamentos de radioterapia ou quimioterapia alegando que não há recuperação »

«Há minutos [Ascensão Duarte] confessou-me que está desesperada porque, alegadamente, a sua médica recusa-se a fazer mais tratamentos de radioterapia ou quimioterapia alegando que não há recuperação (…) A doente, residente no Cartaxo e natural de Torres Novas, é mãe de dois filhos. Ascensão recusa-se a morrer sem esgotar todas as possibilidades de cura. E tem esse direito», pode ler-se na legenda do post do vídeo.

Sugerindo que a utente não teve a oportunidade de pedir uma segunda opinião médica, como é sua opção por direito, o texto associado às imagens faz com que vários comentários surjam a criticar a ação do hospital em causa e a defender os direitos da doente.

«O que está em causa é a não observância do direito à segunda opinião e ao tratamento, seja em Santarém ou noutra instituição de saúde em qualquer parte do mundo. Não se desiste da vida aos 39 anos», refere um comentário.

Hospital de Santarém afirma «não ter desistido» da paciente

Em entrevista à WIN, para o Portal de Notícias Impala, José Ribeiro, membro da administração do Hospital de Santarém negou que tenham sido suspendidos tratamentos a Ascensão Ribeiro e destacou que a paciente, nas imagens, nunca refere que não lhe foi dada a oportunidade de pedir uma segunda opinião médica. O responsável salienta que, se a doente assim o fizer, a unidade de saúde facultar-lhe-á essa possibilidade. «Em momento nenhum a paciente diz que não foi-lhe dada a opção de pedir uma segunda opinião. Não tenho qualquer informação de que a paciente tenha pedido ou decretado a outros a tarefa de pedir uma segunda opinião médica».

«A segunda opinião médica é um direito que nem se discute. Se a paciente pretender uma segunda opinião é apenas uma questão da mesma o manifestar. Todos os pacientes têm o direito a uma segunda opinião», clarifica o responsável.

José Ribeiro explicou que se a doente resolver exercer esse direito o processo é simples: apenas terá de indicar um profissional de outra unidade hospitalar pública para expor o seu caso e, de seguida, será encaminhada para a mesma para ser avaliada.

Contudo, o membro da administração ressalta que o Hospital de Santarém «não desistiu» de Ascenção Duarte e que a paciente tem sido devidamente acompanhada.

«Ainda hoje a doente esteve com uma equipa multidisciplinar. Está a receber todos os cuidados e a ser cuidadosamente acompanhada por especialistas, como é normal. Estamos aqui para apoiar e para continuar a fazê-lo no futuro», garante José Ribeiro.

 

 

 

 

 

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