Famosos apanhados a usar rede de falsificação de certificados covid

Atletas profissionais, modelos, cantores, empresários, advogados e criminosos foram apanhados enquanto clientes de uma rede de falsificação de certificados covid em Espanha. A atriz Verónica Echegui está entre os supostos clientes

Famosos apanhados a usar rede de falsificação de certificados covid em Espanha. Atletas profissionais, modelos, cantores, empresários, advogados e criminosos foram apanhados enquanto clientes de uma rede de falsificação de certificados covid-19, durante uma operação levada a cabo pela Polícia Nacional Espanhola. O esquema começou a ser desmantelado em janeiro, quando as autoridades se aperceberam de que um grupo organizado estava a vender os documentos a quem não tinha sido vacinado contra a covid-19. Cerca de duas mil pessoas terão recorrido aos serviços da rede agora desmantelada.

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Nesta quarta-feira, os nomes dos atores espanhóis Verónica Echegui (recente vencedora de um prémio Goya) e o seu companheiro Álex García surgiram como supostos clientes da rede de falsificação de certificados. A maioria dos clientes da organização pagava para serem inseridos de forma fraudulenta no registo oficial de vacinas, para conseguir obter o passaporte de vacinação.

Duzentos euros em troca de um certificado de teste PCR falso com resultado negativo.

A investigação começou no início deste ano, quando foi detetada a existência de um grupo em França que, em chats do Telegram frequentados por pessoas que não acreditavam na covid, oferecia códigos QR fraudulentos, que certificavam a vacinação. As investigações da Polícia Espanhola levaram à detenção de duas pessoas, uma mulher em Sitges (Barcelona), encarregada de receber os pagamentos dos clientes, e um homem em Madrid. A investigação também levou a que a polícia detetasse a existência de um segundo grupo, muito mais organizado, com sede em Espanha e sem vínculos com o anterior. Esta segunda organização foi desmantelada, com a prisão de seis pessoas, todas elas em Madrid.

Conforme revelado pela investigação, a organização tinha criado dois tipos de esquemas. Num deles, eram cobrados cerca de duzentos euros em troca de um certificado de teste PCR falso com resultado negativo. Também era possível incluir os nomes dos clientes no registo de vacinação, para que fossem registados como tendo recebido as doses da vacina. Para este serviço, eram cobrados mil euros. O grupo contava com a colaboração de uma enfermeira que trabalhava num hospital de Madrid. A mulher terá usado as credenciais pessoais e as de um colega, para aceder ao sistema informático do Ministério da Saúde.

Fontes próximas da investigação ressaltam que o perfil dos clientes era muito variado, desde criminosos, a pessoas do mundo do entretenimento, passando por empresários “conhecidos” e advogados de renome. “Existem atletas profissionais, incluindo jogadores de futebol, embora por enquanto nenhum da primeira linha”, revela o jornal “El Pais”, que cita os nomes do cantor Omar Montes e da narcotraficante Ana María Cameno, conhecida em Espanha como a “Rainha da Coca”.

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