Fotógrafo ganha 10 mil por evento para captar imagens de Medina
No total, por sete eventos, o fotógrafo recebe 71.923,00 euros
O contrato foi celebrado entre Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e o fotógrafo Luís Filipe Catarino, que por um total de 7 eventos, irá receber – dos cofres da Câmara Municipal de Lisboa – 71.923,00 euros.
O documento data de 30 de Novembro de 2016, e foi agora divulgado no portal Base, de contratação pública. O contrato prevê que até junho de 2019, o fotógrafo capte Medina em sete eventos. Catarino foi o fotógrafo oficial de Cavaco Silva.
Ao todo, e acrescidos de IVA, «em prestações mensais e sucessivas de igual valor, no montante 3.752,50 euros», Catarino vai receber 71.923,00 euros.
Está previsto que Catarino ainda fotografe o autarca de Lisboa no Festival Eurovisão da Canção, em Maio de 2018; a ModaLisboa, no mesmo mês e em Outubro; a Volvo Ocean Race; a Volta a Portugal em Bicicleta, em Agosto de 2018 e ainda um outro evento relacionado com Lisboa como Capital Europeia do Desporto 2021.
A CML já reagiu.
«A afirmação que Fernando Medina contratou um fotógrafo, a 10 mil euros por evento, para fotografar as atividades da presidência da CML é falsa e reveladora apenas do desconhecimento e má fé da notícia que lhe dá corpo». começa por se ler.
«Os serviços referidos foram contratados de acordo com o que está tabelado para a contratação de serviços externos na CML e o fotógrafo em causa não se limita a fotografar apenas sete eventos, antes acompanha diariamente as atividades da presidência do município, para lá de outros serviços para as publicações da CML», riposta.
«Basta uma breve pesquisa de segundos na conta do presidente da autarquia para perceber que o trabalho (que está assinado) não se limita ao elencado pelo Corvo e que os 10 mil euros são uma extrapolação abusiva da responsabilidade do jornalista. Dizer que o Presidente da CML pagou “72 mil € dos cofres da CML para ser fotografado” tem tanto de insultuoso como revela desconhecimento. Os serviços de fotografia que acompanham a presidência de um órgão público são uma prática comum em Portugal e em todo o mundo. Não fosse a pressa do Corvo em publicar um título bombástico para ser partilhado nas redes sociais, mas facilmente desmentido com o mínimo de investigação ou conhecimento de causa, e teria esperado pela resposta da CML». finaliza o comunicado.
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