Governo moçambicano prorroga concessão de gasoduto e espera investimentos de 280 ME

O Governo moçambicano prorrogou por 15 anos a concessão à empresa MGC do gasoduto de cerca de 100 quilómetros entre Ressano Garcia, na fronteira com a África do Sul, e Matola, prevendo investimentos de 280 milhões de euros.

Governo moçambicano prorroga concessão de gasoduto e espera investimentos de 280 ME

A decisão foi tomada hoje em Conselho de Ministros, conforme comunicado divulgado no final da reunião semanal sobre a aprovação do decreto que prorroga, por um período de 15 anos, o contrato de concessão do gasoduto, detido pela Matola Gás Company (MGC), “para o transporte de gás natural, a partir de Ressano Garcia até à cidade da Matola”, sul de Moçambique.

No comunicado da 19.ª sessão ordinária daquele órgão, realizada hoje em Maputo, refere-se que a prorrogação desta concessão vai “permitir a implantação de novas infraestruturas e conectar as instalações existentes” da MGC “para receber volumes de Gás Natural Liquefeito (GNL), regaseificado pela Beluluane Gás Company (BGC).

Por outro lado, vai “permitir novos investimentos estimados em 300 milhões de dólares [quase 280 milhões de euros], a partir de 2024”, lê-se no comunicado.

A Matola Gas Company, fundada em 2004 nos arredores de Maputo, apresenta-se como uma empresa moçambicana “que se dedica ao transporte, distribuição e comercialização de gás natural produzido em Moçambique”, operando um gasoduto de cerca de 100 quilómetros com capacidade de oito milhões de gigajoules de gás natural por ano.

O gasoduto concessionado à MGC começa em Ressano Garcia, onde é ligado ao gasoduto principal proveniente dos campos de exploração de Pande e Temane com destino à África do Sul, contando com uma estação de compressão 75 quilómetros depois, na zona de Malhampsene.

O gás é fornecido atualmente à fábrica de alumínios da Mozal, uma das maiores indústrias do país, à fábrica de cimento da Cimentos de Moçambique e a outras 18 empresas localizadas na Machava e Matola (província de Maputo), “que optaram pelo uso de uma energia local, mais limpa e mais eficiente, nos seus processos de produção no lugar de outros combustíveis importados”, explica a empresa.

A MGC foi constituída por capitais nacionais, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e por investidores privados, e por capitais estrangeiros, através da sul-africana Gigajoule International.

 

PVJ // MLL

By Impala News / Lusa

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