Ministro confirma movimentações terroristas em província vizinha de Cabo Delgado
O ministro da Defesa de Moçambique reconheceu hoje a existência de grupos terroristas na Reserva Especial da província Niassa, que faz fronteira com Cabo Delgado, região que desde 2017 enfrenta uma insurgência armada.

“Temos conhecimento (…). São terroristas e nós estamos atrás deles”, disse hoje Cristóvão Chume, à margem de uma cerimónia de acreditação de adidos de defesa de alguns países, em Maputo.
Em causa estão as alegadas incursões de grupos armados, na quinta-feira, na Reserva ecológica de Niassa, área com 42 mil quilómetros de terra em oito distritos que abrangem Cabo Delgado, regiões do norte de Moçambique.
Informações que circulam nas redes sociais indicam que o grupo, ainda em número indeterminado, entrou em uma aldeia da reserva, gerando pânico entre os residentes.
“Estamos atentos e estamos no terreno, eu penso que ouvirão qualquer resultado nos próximos dias”, afirmou Chume.
A província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.
Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.
LYCE // SB
By Impala News / Lusa
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