PAN “nunca viabilizará uma solução governativa” que inclua o Chega
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, garantiu hoje que nunca viabilizará uma solução governativa que inclua o Chega, partido que “mentiu aos portugueses” e tem uma agenda de “discriminação, xenofobia e racismo”.

“Que fique claro que o PAN jamais viabilizará uma solução governativa que inclua um partido que para além de ter uma agenda de extrema-direita, uma agenda de discriminação, xenofobia e racismo, tem enganado os portugueses. Tem capturado o sentimento de indignação e de insatisfação dos portugueses para seu proveito eleitoral”, disse Inês Sousa Real.
Na Maia, no distrito do Porto, onde visitou esta manhã duas associações de proteção animal, Inês Sousa Real foi questionada sobre possíveis consensos para viabilizar o próximo Governo, nomeadamente se está disponível para o desafio lançado pelo Livre de “compromisso histórico” à esquerda.
“O que podemos garantir aos portugueses é que, após o dia 18 de maio, contam com o PAN para continuarmos a ser esta força de estabilidade e de trabalho. Sabemos que as pessoas estão cansadas e frustradas de estarmos nestes ciclos políticos muito curtos e é tempo de olharem para as causas nas quais acreditam e votarem nessa causas”, respondeu sem concretizar sobre com que partidos está disposta a fazer consensos.
Mas sobre o Chega, a líder do PAN foi perentória: “Não fizeram nenhum trabalho útil na Assembleia da República. O PAN, com uma deputada única, trabalhou mais e teve mais aprovações que o Chega. E mentiu aos portugueses porque vem falar de combate à corrupção e combate à bandidagem, depois tem uma bancada que problemas com a justiça e questões bastante graves até”, referiu.
Inês Sousa Real recordou, ainda, o “muito polémico” caso das malas e outros que, disse, “indignam os portugueses”.
“O caso das malas foi muito polémico, mas não podemos ignorar os alegados casos de pedofilia, de abuso sexual de menores, questões que indignam os portugueses. Cada voto no Chega é estar a dar dinheiro para que façam apenas mais barulho e não trabalhem em prol da vida das pessoas”, afirmou.
Aproveitando para apelar ao voto no PAN no distrito o Porto, para que seja eleito um deputado que permita ao partido ter um grupo parlamentar que permita “exigir do Governo mudanças” e possa, disse, “representar as diferentes sensibilidades do país”, a líder do PAN referiu que este partido “tem sido uma força política muito útil na Assembleia da República” porque “está próximo das causas que representa e das preocupações dos portugueses”.
“Sabemos que qualquer solução que passe com o contributo do PAN após o dia 18 de maio será uma agenda distinta da de que até aqui tem sido. Somos a única força política que traz a causa animal para o Parlamento e para a campanha. Enquanto os outros partidos prometem e falam em campanha eleitoral, nós temos aprovado medidas concretas para a habitação, no combate à violência doméstica”, concluiu.
As eleições legislativas estão marcadas para 18 de maio.
PFT // SF
Lusa/Fim
By Impala News / Lusa
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