25 Abril: CDS-PP recusa “revisitar heranças coloniais” e destaca 25 de Novembro

O líder parlamentar do CDS-PP rejeitou hoje “revisitar heranças coloniais” e “deveres de reparação”, considerou que Portugal “não mudou de regime para ser um Estado insolvente” e destacou o 25 de Novembro.

25 Abril: CDS-PP recusa

Discursando na sessão solene que assinala os 50 anos do 25 de Abril de 1974, na Assembleia da República, Paulo Núncio afirmou que o CDS-PP não sente “necessidade de revisitar heranças coloniais”.

“Não queremos controvérsias históricas nem deveres de reparação que parecem importados de outros contextos fora do quadro lusófono”, indicou.

“A História é a História, e o nosso dever é o futuro, construído e alicerçado entre estados soberanos espelhados pelos quatro continentes sem discriminações ou preconceitos entre os hemisférios norte e sul, desde o ocidente ao oriente”, defendeu.

Na terça-feira, o Presidente da República reconheceu responsabilidades de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial e sugeriu o pagamento de reparações pelos erros do passado.

No seu discurso, o líder parlamentar centrista saudou a criação pelo Governo PSD/CDS-PP de uma comissão para a comemoração dos 50 anos do 25 de Novembro.

“Em 2024 celebramos os 50 anos do 25 de Abril. Em 2025 vamos finalmente celebrar, e não esquecer, os 50 anos do 25 de Novembro, recordando a Fonte Luminosa, em Lisboa, e o levantamento democrático que venceu os extremismos”, apontou.

Paulo Núncio considerou que esta foi uma data “fundamental para a liberdade e a democracia plenas”, marcante para a História do país, e defendeu que as comemorações devem ser “justas, plurais e de âmbito nacional, feitas com militantes e civis, das instituições às escolas”.

“Celebrar o 25 de Abril não esquecendo o 25 de Novembro é uma questão de memória histórica e de sentido de gratidão. Se com o 25 de Abril caiu o Estado Novo, o 25 de Novembro trouxe a democracia e a liberdade plenas”, salientou.

O deputado do CDS-PP afirmou também que “Portugal não mudou de regime para ser um Estado insolvente”, nem para “ser um dos países comparativamente mais pobres da Europa”.

Paulo Núncio considerou igualmente que “Portugal não mudou de regime para ter a taxa de emigração de jovens mais elevada da Europa e uma das maiores do mundo” nem para “promover o suicídio assistido e a eutanásia”.

 

FM (CFF) // JPS

By Impala News / Lusa

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