AD, Governo e primeiro-ministro receberam inequívoco voto de confiança
O presidente do PSD afirmou hoje que os portugueses deram nas eleições de domingo um voto de confiança na AD, no Governo e no primeiro-ministro, querendo que o executivo dialogue, mas que as oposições também o façam.

Luís Montenegro fez esta interpretação dos resultados eleitorais na sua intervenção inicial no final da noite eleitoral.
“O povo falou e exerceu o seu poder soberano. No recato da sua liberdade, aprovou, de forma inequívoca, um voto de confiança no Governo, na AD e no primeiro-ministro”, declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas.
De acordo com o líder do executivo, “o povo português quer este Governo e não quer outro”.
“O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro; o povo quer que este Governo dialogue com as oposições, mas o povo também quer que as oposições respeitem e dialoguem com este Governo e com este primeiro-ministro”, salientou na parte inicial da sua intervenção.
Uma parte em que teve como objetivo defender que os portugueses “querem uma legislatura de quatro anos e exigem a todos que percebam, respeitem e honrem a sua palavra livre e democrática”.
Ou seja, de acordo com o presidente do PSD, “ao Governo e ao primeiro-ministro caberá executar o programa, cumprir os compromissos que foram assumidos e estar à altura da confiança reforçada que recebeu dos eleitores”.
“Às oposições quebrará, igualmente, respeitar e cumprir a vontade popular, honrando os seus compromissos e as suas propostas, mas adequando-os às circunstâncias nacionais e coletivas. De uns e outros espera-se sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e, naturalmente, espírito de convivência na diversidade, mas também de convergência e salvaguarda do interesse nacional”, sustentou.
Na sua declaração, o líder social-democrata alertou para a complexidade da atual conjuntura internacional, cabendo a Portugal um caminho de estímulo ao investimento com “recursos humanos mais valorizados”.
“Vamos continuar a apostar na juventude, que queremos reter e manter em Portugal e com a qual contamos para criar mais riqueza para podermos redistribuir de forma mais justa; vamos continuar a valorizar aqueles que prestam serviço no Estado, os trabalhadores da administração pública, porque uma administração pública mais qualificada será mais eficiente”, prometeu.
O primeiro-ministro falou ainda em “continuar a salvar o Estado social, da saúde à educação, da habitação à mobilidade”.
“Vamos continuar a levar a cabo mais regulação da imigração, maior reforço da segurança, mais combate à criminalidade grave e à corrupção, reforçando as forças de segurança e também as Forças Armadas”, completou.
Luís Montenegro deixou ainda mais duas garantias: “Quem trabalha mais, quem produz mais, tem de ter a justa retribuição pelo seu desempenho; e não falharemos aos nossos reformados e pensionistas”.
As primeiras palavras de Luís Montenegro foram destinadas a “cumprimentar o povo português, pela sua “liberdade, responsabilidade cívica, bravura e inteligência”. Saudou também a sua família “de sangue” e a sua família política.
Quando estão por apurar apenas os círculos da emigração, as duas coligações lideradas pelo PSD (AD — Coligação PSD/CDS no Continente e Madeira com 86, a que se somam três da coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores), obtêm 89 deputados (87 do PSD e dois do CDS-PP) e cerca de 32,7% dos votos.
PMF/SMA // JPS
By Impala News / Lusa
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