Adesão quase total à greve na unidade de Pombal da Sumol+Compal
A greve que hoje começou na unidade de Pombal da Sumol+Compal teve uma adesão quase total, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab).

“A greve teve uma adesão praticamente de 100%”, afirmou à agência Lusa a dirigente do Sintab Mariana Rocha, também coordenadora da União dos Sindicatos do Distrito de Leiria.
Segundo Mariana Rocha, “estava apenas, em toda a fábrica, uma linha a trabalhar, que tinha sido posta a trabalhar com um chefe que esteve a exercer funções de um trabalhador de linha e dois trabalhadores”.
“Portanto, só conseguiram arrancar com uma linha, que implica ter três trabalhadores a trabalhar”, disse a dirigente sindical.
Mariana Rocha adiantou que esta é a terceira paralisação no grupo Sumol+Compal em cerca de um mês, a segunda na unidade de Pombal, no distrito de Leiria.
“Os motivos são os mesmos, a valorização das carreiras, o aumento dos salários e a negociação do contrato coletivo”, declarou.
A dirigente sindical referiu que o Sintab não teve, até agora, resposta da empresa às reivindicações.
“Por enquanto, a empresa ainda não nos respondeu”, declarou, adiantando que aguardam por um contacto.
A greve na unidade de Pombal teve início às 00:00 de hoje e termina às 08:00 de sexta-feira.
Mariana Rocha adiantou que na quinta-feira os trabalhadores vão concentrar-se novamente à porta da empresa, “como o fizeram hoje”, e serão eles “a decidir o que fazer a seguir”.
“Mas poderá estar em cima da mesa nova greve, talvez já não em maio, mas em junho”, admitiu, lamentando que a empresa, a enfrentar um “problema laboral”, não esteja empenhada em o resolver.
Entre 09 e 11 de abril, estes trabalhadores já tinham estado em greve, paralisando, por completo, a produção, segundo afirmou, na altura, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira.
Já na quarta-feira da passada semana, os trabalhadores da unidade de Almeirim, no distrito de Santarém, da Sumol+Compal estiveram também em greve, reclamando aumentos salariais, a retoma da contratação coletiva e a redução do horário semanal para 35 horas.
SR (PE/ FYBP/JYRE) // EA
By Impala News / Lusa
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