AM do Porto pede à Metro um ponto de situação sobre metrobus

A Assembleia Municipal do Porto aprovou uma proposta que insta a Metro do Porto a apresentar “um ponto de situação” sobre os veículos a hidrogénio, a estação de carregamento e o restante projeto do ‘metrobus’

AM do Porto pede à Metro um ponto de situação sobre metrobus

A proposta do PSD integrou o leque de 13 recomendações apresentadas durante a sessão ordinária da Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite, tendo sido aprovada, por maioria, com os votos contra do PS, BE e PAN, a abstenção da CDU e os votos favoráveis do movimento independente ‘Rui Moreira: Aqui Há Porto’, PSD e Chega.

A moção destaca ainda a necessidade da Metro do Porto garantir a conclusão das restantes fases do projeto (ligação entre a Avenida da Boavista à Rotunda da Anémona) “dentro dos parâmetros de qualidade e eficiência esperados pela população”.

Pelo PSD, Rodrigo Passos defendeu que “algumas questões devem ser claras para os portuenses” e acrescentou que o partido “exige respostas honestas e assertivas da Metro do Porto”.

A proposta mereceu críticas, sobretudo dos partidos de esquerda, que consideraram que a mesma se sobrepunha ao trabalho do grupo da Assembleia Municipal do Porto que acompanha os investimentos no transporte público.

“A comissão está a ser desrespeitada com estas propostas (…). É nesse fórum que as coisas devem ser tratadas, caso contrário não faz sentido continuarmos com esta comissão”, considerou o socialista Agostinho Sousa Pinto.

Uma recomendação sobre o metrobus apresentada pelo grupo municipal do Chega foi rejeitada, com os votos contra do PS, BE e PAN e a abstenção generalizada do movimento independente ‘Rui Moreira: Aqui Há Porto’ e da CDU.

Pelo BE, a deputada Susana Constante Pereira defendeu que cabe à comissão “trabalhar de forma articulada”, posição também defendida por José Varela, da CDU, que considerou extemporânea a apresentação das duas recomendações.

Também o deputado único do PAN, Paulo Vieira de Castro, criticou a apresentação dos dois documentos.

Já o deputado Raul Almeida, do movimento independente, salientou a isenção do trabalho realizado pela comissão e rejeitou “qualquer sugestão ou suspeita de que há qualquer tentativa de modulação da informação a transmitir”.

“Acho lamentável que quem menos participa levante essas duvidas”, referiu, dizendo, no entanto, ver a moção do PSD como “um apelo”.

Pelo Chega, Jerónimo Fernandes rejeitou “lições de moral e superioridade” de outros partidos e defendeu a necessidade de ser dada mais informação aos cidadãos.

Durante a sessão foram aprovadas outras cinco recomendações (três do PS e duas do movimento independente) sobre a necessidade de serem os municípios a fixarem a tarifa da água, de ser apresentada uma solução para a Via de Cintura Interna (VCI), de saudação aos 45 anos do Serviço Nacional de Saúde e de condenação aos ataques a imigrantes que ocorreram na cidade.

Em 23 de agosto, a Metro do Porto anunciou a conclusão geral da empreitada da primeira fase do metrobus (Casa da Música-Império), mas remeteu a finalização dos acabamentos para o final de setembro.

Faltam chegar os veículos a hidrogénio que farão a operação, fazendo com que uma solução provisória esteja atualmente em discussão entre a Câmara do Porto, a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e a Metro do Porto.

A autarquia e a STCP sugeriram a utilização provisória do canal do metrobus da Avenida da Boavista pela linha 203 até à chegada dos autocarros a hidrogénio, noticiou a Lusa a 05 de setembro.

O metrobus do Porto será um serviço de autocarros a hidrogénio que ligará a Casa da Música à Praça do Império (obra quase concluída) e à Anémona (na segunda fase) em 12 e 17 minutos, respetivamente.

SPC (JE)// VQ

By Impala News / Lusa

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