O desacordo entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acentuou-se nos últimos dias, desde que autoridades norte-americanas e russas se encontraram na Arábia Saudita para discutir os próximos passos da guerra, deixando os invadidos fora da mesa negocial. O presidente ucraniano declarou que Trump vive numa “rede de desinformação” após as falsas alegações feitas por Trump de que o presidente ucraniano tinha apenas quatro por cento de aprovação e uma sugestão de que foi a Ucrânia quem iniciou a guerra, há três anos. Trump disferiu ainda outro golpe no líder europeu, quando alegou que Zelensky é um “ditador sem eleições”.

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Pico de popularidade de Zelensky atingido em maio de 2022

Dados divulgados pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (KIIS) mostram que, embora a base de apoio de Zelensky tenha diminuído desde o início de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, continua muito maior do que a alegação de Trump de quatro por cento. Numa sondagem realizada entre 4 e 9 de fevereiro, 57 por cento dos adultos disseram confiar em Zelensky, enquanto 37 por cento dos entrevistados afirmaram que não e seis por cento consideraram que era difícil dizer.

O apoio a Zelensky atingiu o pico de 90% de confiança em maio de 2022. A aprovação ao presidente ucraniano diminuiu gradualmente, à medida que a guerra se arrastava, mas aumentou cinco pontos percentuais na sondagem mais recente, comparativamente a dezembro de 2024. A sondagem entrevistou a população representativa em territórios controlados pela Ucrânia, com analistas do KIIS a contabilizarem os desafios da guerra através de um desvio sistemático adicional juntamente com a margem de erro formal.

Zelensky foi eleito democraticamente em 2019 com uma vitória esmagadora de 73%. Novas eleições nacionais teriam sido realizadas em 2024, mas foram suspensas devido ao estado de guerra e sob lei marcial. Zelensky disse que o país realizará eleições assim que a “fase quente” da guerra terminar.

Statista

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