O vice-governador de Cabul, Mohibullah Mohammadi, e um assessor foram esta terça-feira, 15 de dezembro, vítimas de um atentado à bomba na capital afegã. O ataque surge numa altura em que, desde setembro, decorrem os contactos diretos entre os insurgentes e o governo de Cabul no Qatar, com o objetivo de alcançar de paz.

O ataque teve lugar às 09h40 locais (05h40 em Lisboa), quando uma bomba colocada no carro onde seguiam explodiu. Em nota publicada na rede social Twitter, o porta-voz ministro do Interior, Tariq Arian, descreveu a situação. “Um Land Cruiser pertencente a Mohibullah Mohammadi foi alvo de um engenho explosivo. Infelizmente, o vice-governador de Cabul e o secretário foram mortos e dois dos seus guarda-costas ficaram feridos“.

 

Arian explica ainda que durante as últimas semanas têm sido levadas a cabo operações antiterroristas em Cabul que já levaram à neutralização de “células insurgentes” e assume que “este ato de terrorismo é um crime de guerra e contra a humanidade“.

Trata-se do mais recente ataque de uma série de “assassinatos seletivos” cometidos no país contra figuras da sociedade civil. Os ataques contra políticos, jornalistas, ativistas de direitos humanos e estudantes têm aumentado desde o início do ano coincidindo com o acordo alcançado em fevereiro entre os Estados Unidos e talibãs.

Uma dezena de representações diplomáticas no Afeganistão, incluindo da União Europeia, Estados Unidos e da Aliança Atlântica, condenaram na semana passada, através de um comunicado conjunto, a vaga de assassinatos que “procuram calar a diversidade de opiniões, no país”.

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