BCP emprestou 280ME em crédito à habitação com garantia pública

O BCP emprestou 280 milhões de euros em crédito à habitação garantido pelo Estado e gastou 20% da sua quota da garantia pública, disse hoje o presidente do banco na apresentação das contas do primeiro trimestre.

BCP emprestou 280ME em crédito à habitação com garantia pública

Segundo Miguel Maya, o BCP recebeu 5.700 pedidos de crédito com garantia pública no valor total de 1.100 milhões de euros. Destes, foram aprovados empréstimos que totalizam 280 milhões de euros.

Na garantia pública, cada banco tem uma quota que pode utilizar para atribuir empréstimos parcialmente garantidos pelo Estado, tendo o BCP já gasto 20% do total que lhe cabe. Dos 1.200 milhões de euros de montante máximo da garantia, a quota atribuída ao BCP é 185 milhões de euros.

A garantia pública para o crédito à habitação a jovens até 35 anos (inclusive) aplica-se a contratos assinados até final de 2026 e permite ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação.

Na prática, conjugando esta garantia com as regras para a concessão de crédito à habitação, a medida permite que os jovens consigam obter 100% do valor da avaliação da casa, em vez dos 90% de limite que vigoram para a generalidade dos clientes.

Hoje, o Banco de Portugal divulgou que cerca de 90% dos contratos com recurso à garantia pública tiveram um financiamento a 100%.

O BCP anunciou hoje que teve lucros de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 3,9% do que nos primeiros três meses de 2024.

Questionado sobre a evolução dos lucros devido à previsível descida gradual das taxas de juro (nos últimos anos as altas taxas de juro têm beneficiado a margem financeira dos bancos), Maya afirmou que não faz previsões (até porque o banco é cotado em bolsa) mas que acredita que “a normalização do custo do risco e das imparidades ajudará a compensar a baixa da margem financeira”.

Ainda na conferência de hoje, o presidente do BCP foi questionado sobre as recentes eleições legislativas. Apesar de ter dito que não faz comentário político e que o trabalho do banco é ajudar “os portugueses a prosperar”, independentemente das escolhas políticas, afirmou que os resultados não surpreenderam.

“Ninguém pode ficar espantado, quando se adiam as transformações aceleram-se as revoluções”, disse.

IM // CSJ

By Impala News / Lusa

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