Cerca de 68.000 trabalhadores da Volkswagem pararam na Alemanha
Cerca de 68.000 trabalhadores da Volkswagen na Alemanha seguiram hoje nos turnos iniciais uma greve de quatro horas nas fábricas, quando são retomadas as negociações entre a administração e representantes dos trabalhadores, segundo o sindicato IG Metall.
Esta é a segunda paralisação parcial depois de uma greve de duas horas no passado dia 02 de dezembro.
Nos turnos da manhã, cerca de 68.000 trabalhadores pararam durante o tempo previsto e ainda não foram contabilizados os dos restantes horários.
A greve coincidiu com o reinício hoje à tarde das negociações para a revisão do acordo coletivo e dos planos de poupança do grupo automóvel, depois de a última reunião ter terminado sem avanços. Os planos de poupança da Volkswagen incluem o encerramento de pelo menos três fábricas na Alemanha.
O sindicato propôs um caminho de negociação para poupar 1.500 milhões de euros em custos laborais, se a empresa renunciasse ao encerramento de fábricas, algo que “ainda está longe de ser suficiente para garantir o futuro da Volkswagen”, nas palavras do diretor executivo, Oliver Blume.
Neste contexto, o chanceler alemão Olaf Scholz, em entrevista ao Funke Group, apelou à Volkswagen para não encerrar fábricas, pois “não seria a coisa certa a fazer”, e disse ser contra o despedimento de trabalhadores “só para poupar dinheiro”.
A Volkswagen tem cerca de 120.000 empregados na Alemanha e 10 fábricas: Wolfsburg, Emden, Osnabrück, Hannover, Zwickau, Dresden, Kassel, Salzgitter, Braunschweig e Chemnitz.
EO (MC) // CSJ
By Impala News / Lusa
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