Chega diz a Governo que se mantenha “firme” sobre IRS Jovem
O presidente do Chega pediu hoje ao Governo para se “manter firme” na proposta do IRS Jovem, apesar dos alertas do Conselho de Finanças Públicas (CFP) sobre os impactos da medida.
Em declarações aos jornalistas, no parlamento, André Ventura considerou que o relatório do Conselho de Finanças Públicas hoje divulgado parece corresponder “a um desejo oculto” que “o Governo tem” de ir ao encontro do que “o PS quer, que é acabar com o IRS Jovem e deixar para as calendas a descida do IRC”.
“É um mau sinal político. Eu gostava de instigar o Governo a manter-se firme”, disse André Ventura em reação às Perspetivas Económicas e Orçamentais 2024-2028 apresentadas pelo CFP.
O Conselho das Finanças Públicas alertou que a medida do IRS Jovem proposta pelo Governo teria um impacto de 0,3 pontos percentuais no PIB, de 2025 a 2028, “implicando o regresso a uma situação de défice em 2026”.
Foi divulgada hoje a atualização das Perspetivas Económicas e Orçamentais 2024-2028, onde o CFP projeta os valores para as contas públicas num cenário de políticas invariantes, pelo que “não inclui o impacto da alteração do regime de IRS Jovem anunciada pelo Governo, mas ainda não aprovada”.
Para o líder do Chega, ceder nesta matéria seria correspondente a “continuar o caminho de precipício que nós tinha sido feito com o PS nos últimos anos”.
André Ventura salientou ainda que a direita tinha uma estratégia de “crescimento económico baseada na premissa de que as empresas que tiverem menos carga fiscal” contribuirão mais para o crescimento e acusou o Governo de “estar a fazer tudo ao contrário”.
“[O Governo] mantém o mesmo modelo fiscal que o PS tinha, mantém o mesmo modelo de incidência sobre as empresas e assim é difícil, quando quer aplicar outras medidas, não resvalar para défice”, acrescentou, referindo os alertas do CFP.
TYRS/ARL // SF
By Impala News / Lusa
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