Chega quer ouvir MAI na AR sobre atropelamento mortal
O deputado único do Chega, André Ventura, requereu hoje a audição, no parlamento, do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a propósito do atropelamento de uma pessoa que envolveu o automóvel em que seguia o governante.
De acordo com um requerimento entregue hoje na Assembleia da República e endereçado ao presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o deputado único sustentou o pedido com dúvidas que estão “por esclarecer” a propósito de um atropelamento mortal que ocorreu na autoestrada A6, na zona de Évora, em 18 de junho.
André Ventura considerou que, na sequência da investigação que está a ser feita pelo Ministério Público (MP) ao incidente, o ministro escudou-se “nesse mesmo inquérito para não falar no assunto”.
“Sabendo que o Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora terá oito meses para terminar a investigação, mas que inclusivamente este prazo pode ser meramente indicativo e o seu incumprimento nem tenha repercussões, não podemos aceitar que não sejam retiradas consequências políticas, para além das jurídicas, deste caso”, acrescenta o deputado.
A 18 de junho uma pessoa que fazia a manutenção da via morreu atropelada na A6. O acidente que envolveu o carro que transportava Eduardo Cabrita.
O MP abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do trabalhador, “como sempre acontece neste tipo de situações”, ou seja, em acidentes rodoviários com mortos, segundo fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abriu igualmente um inquérito interno sobre as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente.
A GNR está também a investigar o acidente.
Na quinta-feira, o MAI esclareceu que o carro em que seguia o ministro encontra-se “na situação jurídica de apreendido” e que tem uma guia para poder circular válida até maio de 2023.
O esclarecimento da tutela surgiu após o presidente do PSD, Rui Rio, ter afirmado que o carro em que seguia o ministro da Administração Interna não estar registado e exigido esclarecimentos, lamentando que a questão ande “de trapalhada em trabalhada”.
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