Confederações empresariais dizem que não devem ser EUA a definir políticas de diversidade na Europa
Os presidentes da Confederação dos Agricultores de Portugal e da Confederação Empresarial de Portugal avisam que a Europa não deve estar “a reboque dos humores de Washington” relativamente às políticas de diversidade nem devem ser os EUA a definirem “regras”.

“Não devem ser os Estados Unidos a determinar as regras na Europa”, afirmou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), lembrando que a “Europa tem, na sua história, civilizações milenares”.
“Já existíamos quando outros ainda não o eram. E, por isso, não faz sentido que alinhemos sempre pelo diapasão daquilo que impõe a administração norte-americana”, acrescentou Armindo Monteiro, quando questionado sobre as cartas que têm sido enviadas a empresas em Portugal a indicar para abandonarem as políticas de diversidade.
A confirmação sobre a existência destas cartas foi dada pela Embaixada dos Estados Unidos, em Lisboa, ao ECO.
Também o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) quis “reforçar” esta posição, referindo que “tem que ser a Europa a definir a sua política” e a não ir “a reboque dos humores de Washington”.
Não obstante, Álvaro Mendonça e Moura sublinha que isso pressupõe que “a Europa aumente a sua autonomia estratégica”, nomeadamente no que toca à “soberania alimentar”.
“Há aqui uma importância acrescida de se olhar para tudo o que é o agroalimentar”, indicou, sublinhando que o objetivo é que “sejam quais forem os humores de outras partes do mundo ou as guerras que existam” seja possível assegurar os “alimentos necessários”.
JMF // EA
By Impala News / Lusa
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