Costa garante a Zelensky apoio da UE a proposta de cessar-fogo
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, garantiu hoje ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o apoio da União Europeia (UE) à proposta de cessar-fogo da Ucrânia, pedindo-lhe também colaboração com os Estados Unidos.

“Na minha conversa telefónica com Zelensky, transmiti o apoio da UE à proposta de cessar-fogo da Ucrânia. É importante continuar a colaborar com os Estados Unidos, intensificando simultaneamente a nossa pressão sobre a Rússia através de novas sanções”, escreveu António Costa numa publicação na rede social X.
“Debatemos igualmente a trajetória europeia da Ucrânia e salientei o meu forte empenho pessoal em assegurar que o processo de adesão avance”, adiantou o líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE.
Na terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu, numa outra chamada com o Presidente ucraniano, um novo pacote com sanções “mais duras” à Rússia pela guerra da Ucrânia, visando um cessar-fogo.
A informação foi divulgada numa mensagem na rede X, um dia depois de Ursula von der Leyen ter falado, também ao telefone, com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para lhe agradecer os “esforços incansáveis” para tentar alcançar um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, na sequência de uma conversa entre o governante norte-americano e o líder russo, Vladimir Putin.
Surgiu também no dia em que a UE aprovou o 17.º pacote de sanções comunitárias à Rússia pela invasão da Ucrânia para enfraquecer a economia russa e o financiamento da guerra, estando a estudar um outro mais substancial que inclui a redução do preço máximo das exportações de petróleo russo, bem como outras restrições financeiras, devendo lançar esta ideia junto de outros parceiros do G7 (as sete maiores economias mundiais).
No final da semana passada, Donald Trump anunciou que ia conversar com Zelensky e Putin para tentar aproximar exigências que conduzam a um cessar-fogo, mais de três anos depois do início do conflito que começou com a invasão russa do território ucraniano.
Na semana passada, ocorreram negociações diretas em Istambul (Turquia), as primeiras desde a primavera de 2022, mas Zelensky abandonou o local, na sequência da ausência de Putin, considerando que o Kremlin (presidência russa) tinha enviado uma delegação sem poder de decisão, o que, para o Presidente ucraniano, demonstrava não existirem intenções reais de negociar.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, incluindo Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
Em causa está a proibição de viajar para a UE, o congelamento de bens e a indisponibilidade de acesso a fundos que provenham do espaço comunitário.
Avançou-se também para o congelamento de ativos, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.
Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.
A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.
ANE // SCA
By Impala News / Lusa
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