CP prevê perturbações na circulação de comboios a partir de hoje devido a greve na IP
A CP – Comboios de Portugal prevê perturbações na circulação de comboios a partir de hoje devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal e suas participadas, marcada para sexta-feira.
Num aviso enviado aos clientes, a CP informou que devido à greve estão previstas perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, em todos os serviços, na sexta-feira, com possível impacto nos dias anterior e seguinte ao período de greve, hoje e sábado.
Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, InterRegional e Regional a CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos, refere a empresa na nota aos clientes.
A plataforma de sindicatos que representam os trabalhadores da IP e as suas participadas (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom) entregou um pré-aviso de greve com início às 00:00 e término às 24:00 dos dias 28 de junho e 02 de julho de 2021.
As reivindicações em causa prendem-se com o aumento de salários para todos os trabalhadores, o cumprimento integral do clausulado do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a negociação coletiva como “fator de resolução e prevenção de conflitos”, a atualização do valor do subsídio de refeição e a integração do abono de irregularidade de horário no conceito de retribuição.
Por outro lado, reclamam a atribuição de concessões de viagem na CP a todos os trabalhadores da IP e suas participadas, a aplicação integral do ACT em vigor na IP aos trabalhadores do quadro de pessoal transitório, a abrangência das deslocações e horas de viagem a todos os trabalhadores e o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo.
Os trabalhadores protestam também “contra a falta de produtos de limpeza e higiene e por melhores condições de higiene e segurança nas instalações sociais e nos locais de trabalho”.
A plataforma que representa os trabalhadores da IP e das suas participadas é constituída pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e pelos sindicatos Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ) e dos Transportes Ferroviários (STF).
O Tribunal Arbitral não acedeu ao pedido da Infraestruturas de Portugal (IP) para que durante os dois dias de greve fosse assegurada 50% da atividade, reduzindo os serviços mínimos à segurança e manutenção.
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