Filha de ativista venezuelana exige informações sobre mãe detida

A filha da ativista Catalina Ramos, membro do partido Vente Venezuela, presidido pela líder da oposição, María Corina Machado, exigiu informações sobre o paradeiro de mãe, que, segundo a formação política, foi detida em Caracas.

Filha de ativista venezuelana exige informações sobre mãe detida

“Exigimos saber onde está a minha mãe, exigimos saber as razões da detenção, exigimos a libertação imediata porque é o justo”, disse a jovem, que se identificou como Daniela, numa gravação divulgada na rede social X, na terça-feira, pelo Comando con Vzla, equipa de campanha da principal força da oposição venezuelana.

A filha de Ramos descreveu a mãe, coordenadora nacional das Associações de Cidadãos do VV e antiga presidente da Associação de Antigos Alunos da Universidade Simón Bolívar, como uma “lutadora incansável” pelos direitos humanos.

Daniela afirmou que a ativista também tem nacionalidade espanhola. “Se tiverem informações, souberem do seu paradeiro ou puderem ajudar-me a difundir esta mensagem, por favor, façam-no. Todas as vozes contam”, acrescentou no vídeo.

Na segunda-feira, o Comité dos Direitos Humanos do VV denunciou a detenção de Catalina Ramos, que disse “ter sido raptada”.

O partido descreveu a colaboradora como “uma companheira incondicional, que tem sido um pilar fundamental na articulação e organização das equipas em todo o país”.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, anunciou na sexta-feira que o ex-deputado da oposição Juan Pablo Guanipa, um aliado próximo de Maria Corina Machado, foi detido numa operação destinada a desmantelar um alegado “grupo terrorista”, que teria um plano contra as eleições regionais e parlamentares que se realizam este domingo.

Cabello disse que mais de 70 pessoas, incluindo Guanipa e alguns estrangeiros, foram detidas.

A Amnistia Internacional (AI) alertou para um “aumento alarmante” das detenções de ativistas na Venezuela e apelou às autoridades para que libertem as pessoas que, segundo a organização de defesa dos direitos humanos, foram detidas arbitrariamente.

CAD // APL

By Impala News / Lusa

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