Governo angolano quer classificar ilha do Mussulo como local de interesse turístico

O Conselho de Ministros de Angola apreciou hoje o projeto de diploma que classifica a ilha do Mussulo, na província de Luanda, como local de interesse turístico, para um melhor aproveitamento das suas potencialidades turísticas.

Governo angolano quer classificar ilha do Mussulo como local de interesse turístico

De acordo com o comunicado final saído da reunião orientada pelo Presidente angolano, João Lourenço, pretende-se garantir o desenvolvimento turístico da península do Mussulo “de forma harmoniosa e integrada, preservando-se da melhor forma as suas características e mitigando os efeitos negativos do impacto resultante do inevitável, mas desejável, crescimento turístico que aí se verifica”.

Em declarações à imprensa, o ministro do Turismo de Angola, Márcio Daniel, disse que este é o primeiro passo de uma transformação positiva que o executivo vai levar a cabo na ilha do Mussulo, para retirar o máximo proveito possível do seu potencial turístico.

Segundo o ministro, um conjunto de investimentos estão a ser feitos a nível das infraestruturas, aumentando a procura por mais concessões naquela área.

O governante angolano destacou a necessidade de se ordenar o crescimento do Mussulo, por via da elaboração de um Plano de Ordenamento Territorial, que vai ter uma vocação especial para o setor do turismo.

Márcio Daniel frisou que a ilha do Mussulo foi recentemente elevada à categoria de município, com a alteração da divisão político administrativa, esclarecendo que o Ministério do Turismo é apenas responsável pela elaboração do Plano de Ordenamento Turístico, ficando a administração municipal encarregada da implementação de um conjunto de operações previstas.

“Este é o primeiro passo, que é a aprovação do diagnóstico, os próximos passos hão de ser a elaboração do Plano de Ordenamento Turístico, a sua apresentação e discussão em consulta pública, posteriormente a sua validação em sede da Comissão Interministerial para o Ordenamento do Território, que é coordenada pelo Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, para que o último passo seja regressar ao Conselho de Ministro e fazê-lo aprovar”, sublinhou.

O Governo prevê que este instrumento esteja concluído durante o primeiro semestre de 2025 e até lá o governo provincial de Luanda suspendeu já, temporariamente, todas as operações de concessão de direitos fundiários, de licenças de construção e outras operações urbanísticas, enquanto não for aprovado o plano.

“Esta decisão, que já foi tomada pelo governo provincial de Luanda e que já está em implementação, não se aplica aos casos que já estavam em curso aquando da medida de suspensão. Aqueles que já estavam a decorrer mantêm o seu curso normal até o término, novos pedidos é que ficam suspensos até a aprovação do Plano de Ordenamento Turístico”, frisou.

Durante a reunião, o Conselho de Ministro analisou também o Projeto de Decreto Presidencial que aprova o Plano Diretor do Gás Natural, documento que define as diretrizes para o desenvolvimento sustentável dos recursos de gás natural e a sua utilização no mercado interno, contribuindo para a transição energética, a diversificação da economia nacional, a maximização dos benefícios para a sociedade angolana e o asseguramento do retorno do investimento.

A implementação do Plano Diretor do Gás Natural, aliada à intensificação da produção da Angola LNG e à sua capacidade máxima de forma contínua, vai, segundo o Governo angolano, permitir um custo de energia acessível, criar bases sólidas para a industrialização, com a participação do sistema financeiro do país, reduzindo-se as despesas anuais com a importação de produtos como fertilizantes químicos, plásticos e borracha.

NME // MLL

By Impala News / Lusa

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