Governo da China nomeia antigo magistrado Sam Hou Fai como novo líder de Macau

O Governo Central da China nomeou hoje formalmente o antigo presidente do Tribunal de Última Instância (TUI) de Macau, Sam Hou Fai, como novo líder da região semiautónoma para um mandato de cinco anos.

Governo da China nomeia antigo magistrado Sam Hou Fai como novo líder de Macau

A decisão foi tomada numa reunião do Conselho de Estado, o executivo chinês, presidida pelo primeiro-ministro Li Qiang, avançou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

Sam Hou Fai, que precisava do apoio de pelo menos metade dos 400 membros do colégio eleitoral, recebeu, em 13 de outubro, 394 votos, tendo ainda sido registados quatro votos em branco. Dois membros não votaram.

Os membros da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo são provenientes dos quatro setores da sociedade, como definidos pela Lei Básica de Macau: industrial, comercial e financeiro; cultural, educacional, profissional; trabalho, serviços sociais e religião e político.

Os 400 membros, entre os quais pelo menos 18 portugueses e macaenses, foram escolhidos em 11 de agosto por 576 pessoas coletivas (associações e organizações) eleitoras, ou seja, mais de 6.200 eleitores num território com 687 mil habitantes.

Em 17 de outubro, o TUI ratificou o resultado do colégio eleitoral e proclamou Sam Hou Fai como “candidato eleito”, depois de não ter sido interposto qualquer recurso contencioso, decorrido o prazo legal.

Sam Hou Fai vai ser o primeiro chefe do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) a falar português.

Nascido em 1962 em Zhongshan, na vizinha província chinesa de Guangdong, o magistrado completou a licenciatura em Direito pela Universidade de Pequim, tendo frequentado posteriormente os cursos de Direito e de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Coimbra.

O mandato do atual chefe do executivo, Ho Iat Seng, termina em 19 de dezembro, estando prevista a posse do novo líder em 20 de dezembro, dia em que se assinala o 25.º aniversário da constituição da RAEM, na sequência da transferência da administração de Portugal para a China.

 

VQ (EJ/CAD) // VM

By Impala News / Lusa

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