Governo garante diálogo com ferroviários para evitar greves como a de hoje na CP

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, disse hoje que a forma de evitar greves na CP – Comboios de Portugal, como a de hoje, é através do diálogo, afirmando que hoje haverá uma reunião com os sindicatos.

Governo garante diálogo com ferroviários para evitar greves como a de hoje na CP

Questionado hoje em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, acerca da greve de hoje na CP, a primeira que enfrenta enquanto ministro da tutela, Miguel Pinto Luz disse que quer “desde logo, estabelecer linhas de diálogo próximas”.

“Hoje à tarde teremos já uma reunião com os sindicatos, e isso é necessário e objetivo. Mas temos de trabalhar ainda a montante, que é perceber aquilo que são as reais necessidades e manter essas linhas de diálogo”, prosseguiu.

O ministro falava após a cerimónia da inauguração da extensão da Linha Amarela (D) do Metro do Porto, entre Santo Ovídio e Vila d’Este (Gaia), que decorreu hoje na estação de Manuel Leão.

Para Miguel Pinto Luz, “o diálogo é fundamental: não só proclamar diálogo mas efetivamente ter essas linhas estabelecidas”.

“Os trabalhadores têm legítimas expectativas, legítimas necessidades, e nós, do lado do Governo e da gestão das empresas públicas, temos que garantir que os dois lados estão equilibrados, dentro de equilíbrios que sejam razoáveis, e tendo sempre em mente que há um bem maior, que é o interesse público”, vincou o ministro.

A greve dos trabalhadores da CP, convocada por vários sindicatos, está a ter uma adesão “praticamente total”, segundo o secretário-geral da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), que indica que apenas se cumpriram os serviços mínimos.

“Neste momento, aquilo que é a parte comercial [bilheteiras] da CP está encerrada e a circulação que se realizou foi aquilo que foi programado como serviços mínimos. De resto, não há nem mais circulação, nem se veem trabalhadores nos locais de trabalho”, disse à agência Lusa José Manuel Oliveira.

O responsável, que falava pelo conjunto dos sindicatos que convocaram esta paralisação, disse ainda que as oficinas apenas começam a partir das 08:00 e que os serviços da área técnica e administrativa a partir das 09:00, pelo apenas depois dessas horas conseguirá ter dados sobre a adesão nesses locais.

Até às 08:00, a Lusa ainda não tinha conseguido saber junto da CP quantos comboios foram suprimidos.

Na quinta-feira, a CP – Comboios de Portugal avisou que eram esperadas perturbações na circulação, em especial até sábado, e adiantou que a greve também poderá afetar as circulações do Comboio Histórico do Douro.

Os clientes com bilhetes para viajar nos comboios alfa pendular, intercidades, internacional e inter-regional podem pedir o reembolso total do mesmo ou a sua troca.

O Tribunal Arbitral decidiu decretar serviços mínimos, de cerca de 25%.

Os trabalhadores reivindicam a valorização das suas carreiras, segundo um documento subscrito por mais de 10 organizações sindicais.

A decisão do Tribunal sobre esta paralisação inclui, além dos tradicionais serviços mínimos em comboios de socorro e transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis, uma lista de comboios que devem ser assegurados.

JE (SO/ALN/JO/PE) // EA

By Impala News / Lusa

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