Governo quer valorizar jornalistas e declarações de Montenegro foram “no sentido positivo”
O ministro dos Assuntos Parlamentares garantiu hoje ser intenção do Governo valorizar o papel do jornalista, sublinhando que nenhum profissional gosta de sentir que está a expressar “o que lhe foi encomendado”.
O primeiro-ministro afirmou hoje que pretende em Portugal um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas.
Pedro Duarte, que falava, esta tarde, em Lisboa numa conferência sobre o Plano de Ação para a Comunicação Social assegurou que o executivo quer “valorizar muito o papel do jornalista”, sublinhando a importância do rigor deste trabalho.
Sobre este tema, o ministro Pedro Duarte esclareceu que o objetivo passa por valorizar o trabalho, mas também os próprios profissionais do setor, acrescentando acreditar que “nenhum jornalista gosta de sentir que está a expressar o que lhe foi encomendado”.
Para Pedro Duarte, as declarações do primeiro-ministro foram defendidas “no sentido positivo”, insistindo na valorização da qualidade informativa que é prestada diariamente.
O que está em causa é “a qualidade do trabalho que cada jornalista faz”, reiterou.
Luís Montenegro falou hoje na conferência “o futuro dos media”, em Lisboa, perante uma plateia com presidentes de empresas e órgãos de comunicação social nacionais e dezenas de jornalistas.
Apesar de ter rejeitado “qualquer tipo de intromissão no espaço que é o reduto do jornalismo”, o primeiro-ministro referiu existir a obrigação de “possuir um edifício legislativo e de construir os alicerces da sustentabilidade financeira deste setor para que possa depois traduzir-se em maior grau de liberdade e em prosseguição do interesse público de informar”.
Luís Montenegro fez a seguir várias apreciações sobre a atividade jornalística, começando por observar que “é tão importante ter bons políticos como bons jornalistas para que a democracia funcione”.
Nesse sentido, o líder do executivo considerou que seria melhor se a comunicação social fosse “mais tranquila na forma como informa, na forma como transmite os acontecimentos e não tão ofegante”.
O Plano de Ação para a Comunicação Social contém 30 medidas para o setor.
PE/ALU (PMF) // EA
By Impala News / Lusa
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