IGCP planeia emitir 19.800 ME de dívida em Obrigações do Tesouro este ano

A Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública planeia emitir 19.800 milhões de euros de dívida em Obrigações do Tesouro durante este ano, de acordo com o programa de financiamento hoje divulgado.

IGCP planeia emitir 19.800 ME de dívida em Obrigações do Tesouro este ano

IGCP planeia emitir 19.800 ME de dívida em Obrigações do Tesouro este ano

A Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública planeia emitir 19.800 milhões de euros de dívida em Obrigações do Tesouro durante este ano, de acordo com o programa de financiamento hoje divulgado.

Segundo um comunicado da entidade presidida por Miguel Martín, o Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2023 – aprovado na terça-feira pelo ministro das Finanças, Fernando Medina – prevê que, este ano, “o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado deverá situar-se em cerca de 12.400 milhões de euros”.

“A estratégia de financiamento para 2023 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em EUR [euros] com realização regular de emissões de Obrigações do Tesouro (OT), para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário”, refere.

De acordo com o IGCP, “um montante de EUR 19.800 milhões será obtido via emissão bruta de OT, combinando sindicatos e leilões, assegurando emissões mensais”, sendo que os leilões “terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e serão realizados às segundas ou quartas-feiras de cada mês.

“O montante indicativo e as linhas de OT a reabrir serão anunciados ao mercado até três dias úteis antes do leilão”, lê-se no comunicado.

O IGCP estima ainda que o financiamento líquido resultante da emissão de Bilhetes do Tesouro (BT) “produzirá impacto positivo de 4.300 milhões de euros”, sendo que “será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva, combinando prazos curtos com prazos longos”.

“O IGCP manterá a realização de leilões mensais de BT na terceira quarta-feira de cada mês e, se a procura de investidores o justificar, pode usar também a primeira quarta-feira”, refere.

Segundo acrescenta, “o montante indicativo dos leilões continuará a ser anunciado ao mercado através de um intervalo”, cabendo a decisão de alocação a cada série ao IGCP “em função da procura verificada e do respetivo preço”.

De acordo com o comunicado hoje divulgado, no primeiro trimestre o IGCP já tem três emissões de BT agendadas, pretendendo arrecadar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros num leilão em 18 de janeiro, entre 750 e 1.000 milhões em 15 de fevereiro e 1.250 a 1.500 milhões em 15 de março.

O IGCP adianta ainda que “poderão ainda ser realizadas emissões no âmbito do programa EMTN [médio-prazo], em função das oportunidades de mercado que se enquadrem na estratégia de financiamento”.

Em termos de gestão de riscos e programa de recompras, a agência refere que “a gestão do risco de refinanciamento implicará que as operações de financiamento a realizar evitarão a criação de excessivas concentrações temporais de amortizações, assim como a possibilidade de realização de operações de recompra de dívida”, que serão “oportunamente anunciadas ao mercado”.

“Como habitualmente, o IGCP manterá flexibilidade para introduzir na execução deste programa os ajustamentos que se venham a revelar necessários face à evolução dos mercados e das necessidades de financiamento ao longo do ano”, acrescenta.

PD // EA

By Impala News / Lusa

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