Investigadores pedem mandado de captura para presidente deposto na Coreia do Sul
Investigadores sul-coreanos anunciaram ter pedido à Justiça a emissão de um mandado de captura contra o Presidente deposto Yoon Suk-yeol pela imposição da lei marcial.
Seul, 30 dez 2024 (Lusa) – Investigadores sul-coreanos anunciaram hoje ter pedido à Justiça a emissão de um mandado de captura contra o Presidente deposto Yoon Suk-yeol pela imposição da lei marcial, mergulhando o país numa crise política.
As autoridades responsáveis pela investigação apresentaram o pedido a um tribunal de Seul, de acordo com um comunicado.
Isto porque Yoon, que enfrenta um processo de destituição, se recusou a comparecer para ser interrogado pela terceira vez no domingo.
Destituído pelo parlamento em 14 de dezembro, Yoon Suk-yeol está atualmente suspenso enquanto se aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a validação da decisão dos deputados, estando proibido de sair do país.
O dirigente está a ser investigado por rebelião, um crime punível com a morte, por ter imposto lei marcial em 03 de dezembro e enviado o exército para o parlamento, antes de recuar algumas horas mais tarde sob pressão dos deputados e da população que saiu à rua para se manifestar.
De acordo com ‘media’ locais, Yoon, de 64 anos, recusa-se igualmente a receber as convocatórias enviadas pelo Tribunal Constitucional, que realizou uma primeira audiência sobre o caso na sexta-feira.
O Tribunal tem seis meses para confirmar ou anular a destituição de Yoon. Se optar pela primeira hipótese, terão de se realizar eleições presidenciais no prazo de dois meses.
No plano político, o presidente interino em funções desde meados de dezembro, o primeiro-ministro Han Duck-soo, foi igualmente destituído na sexta-feira, depois de os deputados o terem acusado de tentar obstruir a investigação sobre o consideraram uma tentativa de golpe de Estado de Yoon.
O novo chefe de Estado interino, o ministro das Finanças Choi Sang-mok, prometeu “pôr fim à crise governamental” sem precedentes na quarta maior economia da Ásia.
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By Impala News / Lusa
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