Israel critica Fatah pelo acordo com o Hamas em Pequim

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, criticou hoje a Fatah do Presidente palestiniano Mahmoud Abbas por ter assinado em Pequim um acordo para o pós-guerra com o grupo islamita Hamas.

Israel critica Fatah pelo acordo com o Hamas em Pequim

“O Hamas e a Fatah assinaram um acordo na China para o controlo conjunto de Gaza após a guerra. Em vez de rejeitar o terrorismo, Mahmoud Abbas abraça os assassinos e violadores do Hamas, revelando assim a verdadeira face”, afirmou Katz em comunicado.

“Na realidade, isso não vai acontecer, porque o Hamas vai ser esmagado e Abbas vai ficar a observar Gaza à distância”, acrescentou.

A guerra no enclave palestiniano prolonga-se há nove meses e foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel que fez cerca de 1.200 mortos.

A ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza fez até ao momento mais de 39 mil mortos, a maior parte civis, segundo o Hamas. 

Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do Hamas, anunciou hoje que o movimento assinou um acordo de “unidade nacional” com outras fações palestinianas, incluindo a Fatah, após uma reunião na República Popular da China.

“Estamos empenhados e apelamos à unidade nacional”, afirmou Marzouk, após a assinatura do acordo, em Pequim, comprometendo-se a acabar com a divisão e reforçar a unidade, visando a criação de um governo de “reconciliação”.

Segundo a Agência Nova China, as fações palestinianas estão reunidas na capital chinesa desde domingo para discutir o futuro da Faixa de Gaza no contexto do pós-guerra.

O Hamas não deixou transparecer mais detalhes sobre o acordo, anunciado após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, sugerindo uma mediação por parte de Pequim.

“Os dois grupos palestinianos rivais, juntamente com 12 outras fações políticas, reuniram-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, concluindo as conversações que tiveram início no domingo”, indicou uma nota difundida pela televisão estatal chinesa CCTV.

As duas fações palestinianas mantiveram várias rondas de conversações desde que o Hamas expulsou as forças da Fatah de Gaza, numa violenta tomada do território em 2007.

Por outro lado, Pequim tem reclamado um papel de destaque na resolução de questões internacionais.

No ano passado, a diplomacia chinesa envolveu-se também as negociações que culminaram num acordo entre Arábia Saudita e Irão para o restabelecimento das relações diplomáticas.

 

 

PSP (JPI) // APN

By Impala News / Lusa

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