Israel quer relações com as novas autoridades sírias, mas sem Irão
O primeiro-ministro israelita disse hoje pretender relações com as novas autoridades sírias, mas advertiu os insurgentes que, se permitirem que o Irão restabeleça presença no país, terão o mesmo destino do deposto Bashar al-Assad.
“Queremos ter relações com o novo regime da Síria. Mas, se este regime permitir que o Irão se restabeleça na Síria ou permitir a transferência de armas iranianas ou de qualquer outro tipo para o Hezbollah, ou nos atacar, responderemos com a força”, disse Benjamin Netanyahu a partir de Telavive.
“O que aconteceu com o antigo regime também acontecerá com este”, acrescentou na mensagem, gravada nas ruas de Telavive após comparecer pela primeira vez no tribunal no âmbito do julgamento de que é alvo sob acusações de corrupção.
A mensagem surge depois de o exército israelita ter confirmado que, nos últimos dias, destruiu mais de 70% das capacidades militares estratégicas do antigo governo de Bashar al-Assad na Síria, incluindo depósitos de mísseis, aviões de combate, tanques e radares.
Na mensagem, Netanyahu deixou claro que Israel não tem qualquer intenção de interferir nos assuntos internos da Síria, mas que fará “o que for necessário” para a sua segurança.
Confirmou também a autorização para que os aviões israelitas destruam as “capacidades militares estratégicas” de al-Assad, asilado em Moscovo, para evitar que “caiam nas mãos dos jihadistas”.
O exército israelita estimou hoje ter destruído cerca de 320 “alvos estratégicos” de Damasco a Tartus.
Entretanto, as forças israelitas negaram categoricamente relatos de um alegado avanço dos seus tanques em direção a Damasco, afirmando que as forças permanecem dentro da zona desmilitarizada no sul do país, onde foram posicionadas no início da manhã de domingo, e em algumas áreas adjacentes, tanto do lado israelita como do lado sírio da fronteira.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, reiterou hoje que as tropas israelitas pretendem criar uma zona de segurança, livre de armas pesadas, além da atual zona desmilitarizada que Israel e a Síria acordaram no seu acordo de desarmamento de 1974.
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By Impala News / Lusa
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