João Lourenço debate instabilidade em África com homólogos de Mauritânia e Guiné Equatorial
O presidente angolano, João Lourenço, abordou hoje a “instabilidade e insegurança em África” com os seus homólogos da Mauritânia e da Guiné Equatorial.
Luanda, 28 jan 2025 (Lusa) — O Presidente angolano, João Lourenço, abordou hoje a “instabilidade e insegurança em África” com os seus homólogos da Mauritânia e da Guiné Equatorial, anunciou a Presidência em Luanda.
Com o seu homólogo mauritano, Mohamed Ould Ghazouani, a quem sucederá a partir de fevereiro na Presidência rotativa da União Africana, o tema da conversa telefónica “foi a questão da instabilidade e segurança em África”, lê-se no comunicado.
“A meio da tarde de hoje, o Presidente João Lourenço, medianeiro mandatado pela União Africana para o conflito do leste da República Democrática do Congo”, abordou com o seu homólogo equato-guineense, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, a situação naquela região africana, que o comunicado caracteriza como sendo “tensa”.
A crise de segurança e a ameaça de escalada no conflito no leste da RDCongo foi analisada também hoje em Luanda, durante uma Reunião de Emergência do Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA), segundo um comunicado distribuído pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola.
O encontro realizou-se em formato de videoconferência e foi presidido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim, Kacou Housdja Leon Adom, na qualidade de presidente em exercício do Conselho de Paz e Segurança da União Africana para este mês.
Angola, que ocupa atualmente a presidência da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), esteve representada pela secretária de Estado para as relações Exteriores, Esmeralda Bravo Conde da Silva Mendonça.
No âmbito da presidência angolana da CIRGL e do mandato atribuído pela União Africana para mediar a crise na RDCongo, João Lourenço “tem liderado iniciativas político diplomáticas para restaurar a paz e estabilidade na região, combater a presença de grupos armados e fomentar a confiança entre a República Democrática do Congo e o Ruanda”, destaca-se no comunicado.
Na reunião, a secretária de estado angolana lamentou “a continuidade das hostilidades e a flagrante violação do cessar-fogo, em vigor desde 04 de agosto de 2024, pelo grupo M23, que vem deteriorando a situação de segurança nas províncias de Kivu Norte e Kivu Sul”, detalha o comunicado.
“O Governo angolano condena veementemente as ações do M23 e reafirma o seu compromisso com a defesa dos direitos humanos, a proteção de civis e a preservação da soberania e integridade territorial da República Democrática do Congo”, acrescenta-se na nota.
Angola “reitera a urgência de uma cessação imediata das hostilidades e apela ao regresso das partes à mesa de negociações no âmbito do Processo de Luanda, reconhecido pela União Africana e pela comunidade internacional como o principal mecanismo para uma solução pacífica e duradoura na região”.
Participaram neste encontro os chefes das diplomacias da RDCongo e do Ruanda, Therese Wagner e Olivier Nduhungirehe, respetivamente.
A Comunidade da África Oriental convocou para quarta-feira, em Nairobi, uma cimeira extraordinária para tentar conter a escalada no conflito no Leste da República Democrática do Congo.
A Presidência queniana anunciou as presenças dos Presidentes democrato-congolês, Félix Tshisekedi, e ruandês, Paul Kagame, líderes dos países vizinhos que se encontram em confrontação aberta no Leste da RDCongo.
EL // MLL
By Impala News / Lusa
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