Líder da oposição na Venezuela diz que situação dos presos políticos é criminosa

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, disse hoje que a situação dos considerados “presos políticos”, detidos no contexto da crise pós-eleitoral, é criminosa, como a define, e que as suas famílias estão a “sofrer profundamente”.

Líder da oposição na Venezuela diz que situação dos presos políticos é criminosa

“Em julho eram 300 pessoas [detidas por razões políticas], mas depois da sua monumental derrota eleitoral, [Nicolas] Maduro e o seu regime elevaram esse número para mais de 2.000 presos políticos”, disse num áudio partilhado na rede social X.

A ex-deputada afirmou também que todos os “presos políticos” são “inocentes” e “foram detidos por dizerem a verdade, por exigirem que a lei seja cumprida”.

“Entre eles há crianças, jovens, mulheres, idosos e até pessoas com deficiência. Todos eles sofrem algum tipo de maus tratos físicos e psicológicos. Todos eles precisam de nós para recuperar a sua liberdade”, apelou a dirigente da oposição.

Machado apelou aos venezuelanos para que não fiquem “indiferentes” a esta situação, salientando que devem “tomar medidas”, sem especificar quais.

“Façamos o bem, protejamos os nossos irmãos e irmãs que sofrem e, quando chamados, deem a vossa contribuição, individual, pequena, média, grande, para materializar a mudança que estamos a construir e que decretámos a 28 de julho”, nas últimas eleições presidenciais, concluiu.

No sábado, a Comissão de Direitos Humanos do partido político Vente Venezuela (VV), liderado por Machado, denunciou que os considerados presos políticos que se encontram numa prisão no norte do país, em Aragua, estão a receber uma alimentação deficiente, o que, segundo a comissão, os fez perder peso.

A formação também disse que esta situação causou “complicações de saúde” nos detidos, sobretudo os que já se encontravam doentes.

A ONG Observatorio Venezolano de Prisiones (OVP) instou o Estado a libertar todos os considerados “presos políticos” sem “restrições”, apontando que a todos “foi negado o direito de constituir um advogado de confiança”.

AG // MAG

By Impala News / Lusa

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