Líder da oposição no Paquistão, Imran Khan, deverá ser libertado após absolvição em tribunal

Um tribunal do Paquistão absolveu hoje o ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan do crime previsto na lei islâmica de casamento fora do prazo legal, pelo que deverá ser libertado da prisão.

Líder da oposição no Paquistão, Imran Khan, deverá ser libertado após absolvição em tribunal

O juiz distrital anunciou a sua decisão relativa ao caso ‘iddat’ e acrescentou que Imran Khan e a sua mulher, Bushra Bibi, devem se libertados imediatamente se não houver outros casos que justifiquem a prisão, segundo o jornal paquistanês Dawn.

Khan, fundador do Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI, Movimento Paquistanês pela Justiça) e destituído do poder em 2022 por uma moção de censura, estava há já um ano na prisão a cumprir pena devido a vários casos. O ex-governante considera que as acusações foram motivadas por razões políticas.

O caso ‘iddat’, como é conhecido em referência a uma norma da lei islâmica, baseou-se numa queixa do ex-marido de Bushra Bibi, Jawar Farid Maneka, em que alegava que Bibi se casou com Jan durante o período ‘iddat’ (o período que uma mulher tem de esperar após um divórcio ou viuvez antes de se casar novamente).

A pena, decidida em fevereiro passado poucos dias antes das eleições, foi de sete anos de prisão e desencadeou uma onda de protestos em todo o país, duramente reprimidos pelas autoridades.

A importância do veredito hoje conhecido reside no facto de o ‘iddat’ ter sido o último processo pelo qual o ex-primeiro-ministro permaneceu na prisão, pelo a expectativa é de que seja libertado.

O ex-governante tinha sido previamente condenado a dez anos de prisão por revelar segredos de Estado durante o seu mandato e a outros 14 anos por não declarar dinheiro obtido com a venda de presentes de Estado (recebidos enquanto era primeiro-ministro), mas os tribunais já tinham suspendido ambas as sentenças.

IM//SF

By Impala News / Lusa

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