Livre acusa Governo de eleitoralismo no plano para as migrações

O cabeça de lista do Livre às Europeias, Francisco Paupério, acusou hoje o Governo de eleitoralismo, questionando o momento da apresentação do novo plano para as migrações, defendendo que tal devia ter sido discutido no parlamento.

Livre acusa Governo de eleitoralismo no plano para as migrações

Castelo Branco, 04 jun 2024 (Lusa) — O cabeça de lista do Livre às eleições europeias acusou hoje o Governo de eleitoralismo, questionando o momento da apresentação do novo plano para as migrações que Francisco Paupério defende que deveria ter sido discutido no parlamento.

“Não acreditamos que o próprio governo confie muito neste projeto e, pelo ‘timing’ e pelas discussões que tivemos nos debates nestas eleições europeias, parece mais um plano eleitoralista do que para cumprir”, afirmou Francisco Paupério.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à associação Amato Lusitano, em Castelo Branco, o cabeça de lista do Livre às eleições de 09 de junho foi questionado sobre o novo plano e sobre a rápida promulgação da alteração da lei de estrangeiros que acaba com o regime de exceção que permitia aos imigrantes regularizarem-se em Portugal, através da figura jurídica de manifestações de interesse.

“O que incomodou foi a maneira eleitoralista como foi lançado”, disse Francisco Paupério, que evitou comentar a decisão do Presidente da República, apontando antes o dedo ao executivo.

“O Presidente fará o que acha que fará sentido neste momento. Não considero que tenha sido uma entrada em campanha, o plano foi apresentado pela Aliança Democrática”, acrescentou o candidato, que recorda que o problema “não apareceu agora” e que o atual governo, bem como o anterior, não teve capacidade de resolver.

Francisco Paupério já tinha criticado a intenção anunciada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, de apertar as regras de entrada de imigrantes no país e voltou hoje a acusar o executivo de “cooptação do discurso de extrema-direita”.

“Da parte do Livre, o que nós queremos é a humanização destas pessoas”, defendeu.

Por outro lado, o candidato considerou que o novo plano deveria ter passado pela Assembleia da República, “até pela condição deste governo minoritário”.

MCA // NS

By Impala News / Lusa

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