Lula diz que Brasil quer manter parceria com EUA sem confrontos com Trump

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje que o seu Governo não quer confrontos com o Presidente norte-americano, Donald Trump, e que o país sul-americano pretende manter a parceria histórica com os Estados Unidos.

Lula diz que Brasil quer manter parceria com EUA sem confrontos com Trump

“Há gente que diz que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. Trump foi eleito para governar os Estados Unidos e eu, como Presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro e o povo americano melhorem”, disse Lula da Silva numa reunião com todos os ministros do seu Governo, em Brasília.

“Que os americanos continuem a ser o parceiro histórico que são do Brasil, porque da nossa parte nós não queremos briga, nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia, nem com a Rússia”, acrescentou.

 Donald Trump toma hoje posse como o 47.º Presidente norte-americano, numa cerimónia em Washington para a qual convidou vários políticos internacionais de extrema-direita, como o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que enviou o seu filho, Eduardo Bolsonaro, que mantém conexões com membros do Partido Republicano, e a ex-primeira dama Michele Bolsonaro à cerimónia já que ele está proibido de sair do Brasil.

O momento marcará o regresso à Casa Branca do político republicano, que venceu a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, a quem Lula da Silva chegou a declarar um apoio discreto, nas eleições presidenciais norte-americanas de 05 de novembro, depois de um primeiro mandato (2017-2021) e de ter falhado a reeleição, face à vitória de Joe Biden.

Lula da Silva salientou que o Brasil além de querer paz e harmonia, deseja uma inserção internacional onde a diplomacia seja a coisa mais importante “e não a desavença e não a encrenca”. 

O Presidente brasileiro também disse querer que o seu país continue o processo democrático, que considerou ter sido ameaçado assim que tomou posse, quando milhares de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em 08 de janeiro de 2023, tentando criar um caos para derrubar seu Governo.

“Nós não queremos entregar esse país de volta ao neofascismo, ao neonazismo, ao autoritarismo”, concluiu.

 

CYR (JH) // ANP

By Impala News / Lusa

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