Lula pede aos novos líderes da Câmara e Senado “convivência tranquila e pacífica”

O chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, recebeu hoje os novos presidentes da Câmara de Deputados e Senado e apelou à “convivência tranquila e pacífica entre os Poderes”.

Lula pede aos novos líderes da Câmara e Senado

“Eu jamais mandarei ao Senado ou Câmara projeto que seja de interesse pessoal do Presidente ou de um partido. Todos serão de interesses vitais para o povo brasileiro”, garantiu o chefe de Estado brasileiro.

Eleitos no sábado, os presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, foram recebidos hoje de manhã no Palácio do Planalto, em Brasília, num encontro durante o qual Lula da Silva enfatizou que a “normalidade de um país é a convivência tranquila e pacífica entre os poderes”.

Na mesma ocasião, o presidente da Câmara, Hugo Motta, que substitui Arthur Lira, destacou que esta visita institucional serve para sublinhar que “a Câmara e o Senado estarão à disposição para construir uma pauta positiva para o país.

“Essa harmonia é o que o Brasil precisa. Sempre buscando termos uma agenda que seja produtiva, que temas importantes possam ser tratados e que essa harmonia, esse diálogo entre os poderes, possa perseverar, porque quem ganha com isso são os mais de 200 milhões de brasileiros que dependem desse nosso relacionamento”, destacou.

Também Davi Alcolumbre, sucessor de Rodrigo Pacheco, frisou que este encontro “tem um simbolismo para a sociedade brasileira, que espera respostas adequadas”.

O senador Davi Alcolumbre e o deputado Hugo Motta, apoiados tanto pelo partido do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva como pelos alinhados com o antigo Presidente, Jair Bolsonaro, foram eleitos para liderar as duas câmaras do parlamento do Brasil.

Ambos assumiram os cargos no sábado e, por isso, serão fundamentais na tramitação das iniciativas que o Governo de Lula da Silva apresentar ao Congresso nos últimos dois anos de mandato do líder de esquerda.

Embora tanto Alcolumbre como Motta se tenham comprometido a apoiar os projetos promovidos pelo Executivo, disseram também que apoiariam algumas iniciativas da oposição e ofereceram as primeiras vice-presidências nas duas câmaras a aliados de Bolsonaro.

Os novos presidentes das duas câmaras do parlamento do Brasil pertencem a partidos do chamado “centrão”, um grupo de centro-direita que é maioritário no Congresso.

São partidos que apoiaram a administração de Bolsonaro (2019-2022) e que garantem agora uma maioria ao Governo de Lula no Congresso.

Alcolumbre, que já presidiu ao Senado entre 2019 e 2020, nos dois primeiros anos do Governo de Bolsonaro, conseguiu reunir o apoio de nove dos 12 partidos representados na câmara alta, o que lhe garantiu o voto de 73 dos 81 senadores do Brasil.

O senador do pequeno e pouco povoado estado do Amapá, na Amazónia brasileira, e membro do partido centrista União Brasil venceu por larga margem os senadores Eduardo Girão e Marcos Pontes, dos partidos de direita Novo e Liberal, que disputaram a eleição sem apoio dos seus partidos.

Motta, do Partido Republicano e deputado federal pelo também pequeno estado da Paraíba, tornou-se, aos 35 anos, o mais jovem parlamentar a assumir a presidência da Câmara dos Deputados, cargo estratégico que lhe confere o poder de aceitar ou não rejeitar pedidos de destituição do chefe de Estado.

 

MIM (VQ) // ANP

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS