Manifestações em Lisboa hoje e domingo nos seis meses de guerra em Gaza
Duas manifestações estão convocadas para hoje e domingo em Lisboa para assinalar os seis meses da guerra na Faixa de Gaza e pedir o “fim do genocídio” e solidariedade com os palestinianos.
Cerca de 15 organizações marcaram uma concentração a partir das 15:00 de hoje junto à Embaixada de Israel, seguida de marcha até à Assembleia da República, sob o lema “Fim ao genocídio! Pela Paz no Médio Oriente! Palestina Independente!”.
Um cessar-fogo “imediato e permanente”, o fim dos ataques israelitas e do bloqueio à “urgente ajuda humanitária à população palestiniana” são reclamados pelas organizações que promovem o protesto, e que exigem também “o respeito pelo direito internacional e o cumprimento das resoluções da ONU que há décadas determinam a criação de um Estado da Palestina soberano, independente e viável, com capital em Jerusalém Leste e o direito de regresso dos refugiados palestinianos”.
Para os promotores do protesto, o Governo português “tem a obrigação constitucional de denunciar, condenar e tomar as iniciativas no plano internacional que visem pôr fim imediato a este massacre”.
No domingo, quando passam exatamente seis meses sobre o ataque sem precedentes do movimento islamita Hamas em território israelita, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns, e que desencadeou o atual conflito, a Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP) convoca a manifestação “Abril pela Palestina”, às 15:00 na Praça do Município.
A organização denuncia que “o Estado de Israel continua a atuar com arrogância e impunidade”, quer na Faixa de Gaza, onde já morreram mais de 33 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, quer na Cisjordânia, onde “intensificou os ataques” desde 07 de outubro de 2023.
“Aqui em Portugal, nos 50 anos de 25 de Abril, quando celebramos meio século de vida em liberdade, não podemos não estar em total solidariedade com a Palestina e a sua luta de libertação. Porque nós, no país de Abril, sabemos bem que ninguém será livre até todos sermos livres”, sublinha a organização num comunicado a promover a iniciativa.
A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
JH // SCA
By Impala News / Lusa
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