Metro de Lisboa vai ter mais 36 carruagens além das 72 já contratadas
A compra de 36 carruagens adicionais para o Metropolitano de Lisboa, além das 72 já contratadas, vai avançar e será “uma realidade”, revelou hoje a ministra do Ambiente.
No final de 2023, o Metropolitano de Lisboa já tinha lançado um concurso público internacional para a compra de mais 24 novas unidades triplas (72 carruagens) com a opção de mais 12 unidades triplas (36 carruagens).
Hoje, na apresentação das novas carruagens da série ML 24 do Metropolitano de Lisboa, a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, confirmou que as unidades adicionais vão ser “igualmente uma realidade”.
Relativamente às 72 novas carruagens, o contrato para a sua construção foi assinado com a empresa Stadler Rail Valência em 22 de outubro e já foi enviado ao Tribunal de Contas para visto prévio.
A compra das unidades triplas, para reforço da frota existente face à expansão da rede, é financiada pelo Programa Sustentável 2030 e pelo Fundo Ambiental e representa um investimento de 134 milhões de euros.
A aquisição das 72 carruagens é cofinanciada em 45 milhões de euros pelo Programa Sustentável 2030, ficando o restante financiamento a cargo do Fundo Ambiental, sendo o prazo do contrato de 54 meses, após o visto prévio.
Na cerimónia, a ministra do Ambiente salientou a prioridade do Governo “na mobilidade suave nas cidades e na ferrovia”, lembrando igualmente a “grande aposta” do Ministério na “descarbonização dos transportes públicos”.
Também presente na cerimónia, a secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, lembrou que em agosto chegou às oficinas do metro de Lisboa, vinda de Espanha, a primeira unidade tripla da série ML20, que faz parte de um conjunto de 14 unidades triplas (42 carruagens).
“São as novas unidades após 22 anos e em 2025 vão entrar em circulação as 42 novas carruagens mais modernas e mais acessíveis. Hoje assinalamos o contrato para mais 72 carruagens. Há uma clara aposta do Governo no transporte público”, salientou Cristina Pinto Dias.
A apresentação pública das 14 unidades triplas (42 carruagens) num investimento global de 114,5 milhões de euros, coincidiu com o início da Semana Europeia da Mobilidade e realizou-se em 16 de setembro.
Numa nota divulgada hoje após a cerimónia, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, cuja presença estava também prevista, reiterou que um dos desígnios do Governo é levar “as pessoas para os transportes públicos, em detrimento do transporte individual, numa política de promoção da intermodalidade, da descarbonização e da redução dos tempos de deslocação”.
As novas carruagens da série ML 24 vão ter áreas para fixação de cadeiras de rodas, devidamente sinalizadas, equipadas com um encosto, cinto de segurança e apoio lateral, intercomunicador e botão de aviso para contacto com o maquinista.
De acordo com o Metro de Lisboa, a aquisição das 24 unidades triplas da série ML 24 prende-se com o “aumento expectável da procura na rede de Metropolitano nos próximos anos face à expansão da rede, o aumento e ajustamento das frequências de operação em resultado da instalação do novo sistema de regulação CBTC (Communications-based Train Control)”.
Além disso, de acordo com a empresa, há igualmente “necessidade de gerir adequadamente os ciclos de vida da frota de material circulante do Metropolitano de Lisboa, assegurando processos de substituição programada dos ativos em fim de vida”.
As novas ML 24 vão funcionar com um novo sistema de controlo automático e contínuo de comboios, novos sistemas de videovigilância, climatização da cabine de condução, ventilação dos salões de passageiros, deteção de incêndios, espaço para bagagem de maior volume, painéis digitais para informação ao cliente e melhoria das condições de evacuação em galeria, sensorização e manutenção preditiva.
Foi, igualmente, reforçado o contraste visual entre as portas e a estrutura das carruagens que, combinado com outros indicadores visuais e sonoros, permite aos clientes com deficiências visuais localizar melhor as portas e aferir o seu estado de abertura e fecho.
RCP // VAM
By Impala News / Lusa
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