Militar morto no Mali é 20.º baixa em missões no estrangeiro desde 1992

O sargento-ajudante Paiva Benido, morto no Mali na sequência de um ataque terrorista no domingo, é o vigésimo militar a morrer em missões exteriores de forças portuguesas desde 1992.

Militar morto no Mali é 20.º baixa em missões no estrangeiro desde 1992

O sargento-ajudante Paiva Benido, morto no Mali na sequência de um ataque terrorista no domingo, é o vigésimo militar a morrer em missões exteriores de forças portuguesas desde 1992.

O ataque ocorreu pelas 16:00 de domingo, no Hotel Le Campement Kangaba, nas imediações de Bamako, um local de convívio e repouso autorizado pela missão para ser usado nos períodos em que os militares não estão em atividade operacional. Em 2005, o sargento dos Comandos João Paulo Roma Pereira, de 33 anos, natural de Alhos Vedros, morreu no Afeganistão quando o blindado em que seguia em patrulha foi atingido, um incidente em que ficaram feridos três outros militares portugueses ao serviço da NATO. O ano de 1996 foi o mais mortífero para os militares portugueses em missões no estrangeiro, começando em janeiro, quando dois cabos paraquedistas, Alcino Mouta e Rui Tavares, morreram na Bósnia Herzegovina na explosão de uma munição não detonada que tinham levado para a caserna, que matou ainda outros soldados italianos da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas).

Em outubro, um acidente de viação matou outros dois paraquedistas na Bósnia-Herzegovina, Francisco Barradas e Hugo Sousa.

Ainda nesse ano, mas em Angola, morria em outro acidente rodoviário o cabo Manuel Janeiro Gonçalves, quando estava ao serviço da missão de manutenção de paz da ONU.

Em junho de 1998, morria outro militar português ao serviço da ONU, mas na Costa do Marfim, o capitão da GNR Álvaro Costa. Entre 2000 e 2003, morreram quatro militares portugueses em serviço na missão das Nações Unidas UNTAET-PKF em Timor-Leste.

Os paraquedistas José Fernandes e José Lopes morreram em agosto de 2000, quando o helicóptero Alouette da Força Aérea em que seguiam teve um acidente na localidade de Same. Em setembro de 2002, morria de causas naturais em Darwin, Austrália, o brigadeiro-general português Paulo Pereira Guerreiro, chefe dos observadores militares da ONU em Timor-Leste. Em outubro desse ano, um atentado terrorista em Bali, na Indonésia, fez 202 mortos, entre os quais o paraquedista Diogo Ribeirinho, que fazia parte do contingente português em Timor-Leste.

O fuzileiro António Nascimento morreu de ataque cardíaco enquanto nadava numa praia na vila de Liquiçá, em março de 2003. A 16 de julho de 2004, um acidente com uma empilhadora numa operação de descarga de alimentos matou o paraquedista Ricardo Valério, de 20 anos, em missão na Bósnia-Herzegovina. Em 24 de novembro de 2007, um acidente com um blindado tirou a vida a Sérgio Pedrosa, paraquedista que estava com o contingente português ao serviço da NATO em Cabul, no Afeganistão.

No Kosovo, em março de 2010, o cabo José Bernardino, integrado na força da NATO, morreu após uma corrida da prova de aptidão física.

Em 21 de junho de 2010, o veículo em que seguia o sargento da GNR Hermenegildo Marques caiu numa ravina em Timor-Leste, provocando-lhe a morte e ferimentos em outro militar da GNR. Em março de 2012, uma infeção pulmonar provocou a morte do alferes da GNR Daniel Varela Simões, em serviço em Timor-Leste, que tinha 27 anos.

O paraquedista Fernando Teixeira, que morreu em novembro de 1992 em São Tomé e Príncipe, e o primeiro-sargento Américo Dias, que morreu em novembro de 1995 em Angola, foram os outros dois militares portugueses mortos quando participavam em missões externas das Forças Armadas.

 

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