Ministro Adjunto admite que o Governo pode retirar moção de confiança

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial admitiu hoje que o Governo poderá retirar a moção de confiança caso o PS se mostre satisfeito com os esclarecimentos dados e retire a proposta de comissão de inquérito.

Ministro Adjunto admite que o Governo pode retirar moção de confiança

“Acho que se o PS vier declarar que reconhece ao Governo condições para executar o seu programa, se declarar que se considera satisfeito com os esclarecimentos dados e que retira a comissão parlamentar de inquérito, acho que há condições para a moção de confiança poder ser retirada”, afirmou Manuel Castro Almeida, em entrevista ao jornal ‘online’ Observador.

O governante assinalou que “desde o princípio” o Governo tem dito que não quer “levar o país para eleições e que as eleições são absolutamente indesejáveis”, mas “será um mal necessário se não houver da parte do PS a formulação de que há condições para que o Governo cumpra o seu programa”.

Manuel Castro Almeida disse que o executivo “ou tem condições para executar o seu programa, tomar medidas, continuar a reformar o país, ou não vale a pena”.

“Será a contragosto que vamos para eleições. Mas quem as provoca de facto é o PS”, sustentou, considerando que se os socialistas quiserem evitar a antecipação das legislativas, podem fazê-lo, bastando absterem-se na votação da moção de confiança, em vez de votarem contra, como já foi anunciado pelo secretário-geral do PS.

O governante assinalou que o PS não viabilizou as moções de censura apresentadas por Chega e PCP e acusou os socialistas de incoerência e “taticismo puro”.

Castro Almeida disse também que “todas as perguntas que foram colocadas por escrito serão respondidas antes da moção de confiança”.

Sobre a possibilidade de o PSD propor alguém para substituir Luís Montenegro no cargo de primeiro-ministro, o ministro considerou que “isso está totalmente fora de causa” e é “um não assunto”.

 

FM // JPS

By Impala News / Lusa

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