Ministro defende aumento de investimento em Defesa “sem negligenciar prestações sociais”

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, defendeu hoje que um maior investimento na área de soberania deve ser feito garantindo um “bom desempenho da economia” e “sem negligenciar prestações sociais”.

Ministro defende aumento de investimento em Defesa

“Temos que assegurar que aumentamos o investimento na Defesa mas simultaneamente continuamos a garantir o bom desempenho da economia, sem negligenciar as prestações sociais”, defendeu o governante.

Nuno Melo falava aos jornalistas no Ministério da Defesa, em Lisboa, na cerimónia de posse de D. Sérgio Dinis como chefe do Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança, sucedendo nas funções a D. Rui Valério, patriarca de Lisboa.

O ministro lembrou que o Governo português já se comprometeu em atingir em 2029 um investimento de 2% do Produto Interno Bruto no setor da Defesa, esforço que considerou ser “muito substancial”.

No passado dia 27 de janeiro, a propósito da visita a Lisboa do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o Portugal está disponível para antecipar “ainda mais” este calendário.

Nuno Melo salientou que o investimento em Defesa “mede-se em percentagem do PIB”, pelo que “é de vantagem” que Portugal tenha “um bom desempenho da economia”.

“Se assegurarmos que até 2029 crescemos até 2% estaremos a servir bem as Forças Armadas, a garantir que melhor desempenharão as missões dentro e fora de fronteiras sem pôr em causa outras necessidades orçamentais. O que não invalida, com a alteração rápida dos contextos geopolíticos que outras ponderações possam ser feitas”, realçou.

Questionado sobre uma notícia do Jornal de Notícias que refere um aumento da vigilância a navios russos em águas portuguesas e se Portugal tem capacidade para cumprir estas missões, Nuno Melo assegurou que as Forças Armadas “estão à altura de todas as suas circunstâncias”.

No passado dia 27 de janeiro, o primeiro-ministro explicou que o prazo para Portugal atingir o objetivo dos 2% – que, logo em seguida, o secretário-geral da NATO considerou insuficiente – dependerá de uma ‘task force’ criada entre os Ministério dos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional, Economia e Finanças, e que poderá ainda ser alargada “a outras áreas da governação”.

Na segunda-feira, em Bruxelas, à chegada do primeiro retiro de líderes da União Europeia, iniciativa criada para debates mais informais entre os chefes de Governo e de Estado europeus, Luís Montenegro defendeu uma “linha de financiamento própria” para a União Europeia (UE) fazer um “investimento de grande dimensão” em segurança e Defesa, defendendo iniciativas comuns como a dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR).

 

ARL  (SMA/ANE/IG) // JPS

By Impala News / Lusa

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