Ministro israelita defende guerra em detrimento da libertação dos reféns
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, disse hoje que recuperar os 59 reféns que se encontram em Gaza não é o mais importante defendendo a luta contra o Hamas como o principal objetivo.

As declarações do ministro já foram criticadas pelas famílias dos reféns que se distanciaram das posições defendidas por Smotrich.
O ministro das Finanças, da coligação governamental de direita israelita, considera a luta contra o Hamas, que controla o enclave palestiniano, como prioridade para Israel.
“Temos de dizer a verdade, recuperar os reféns não é o mais importante”, afirmou Smotrich numa entrevista à Galey Israel Radio e citada pelos principais meios de comunicação social israelitas.
O ministro de direita disse que a libertação dos reféns é um objetivo importante, mas acrescentou que o Hamas não pode permanecer em Gaza, para que seja evitado outro ataque como o ocorrido a 07 de outubro de 2023.
O Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, a organização que reúne a maioria dos familiares dos reféns, emitiu um comunicado considerando vergonhosas as palavras do ministro das Finanças.
“Pelo menos o ministro está a revelar a dura realidade ao público. Este governo decidiu conscientemente abandonar os reféns”, refere a declaração dos familiares publicada hoje no portal do jornal israelita Haaretz.
O Hamas e milícias como a Jihad Islâmica Palestiniana mantêm ainda 59 reféns em Gaza (58 dos quais foram capturados no ataque de 07 de outubro de 2023.
O corpo de um soldado israelita morto anteriormente também é mantido em Gaza, pelo Hamas.
As autoridades israelitas acreditam que 24 dos reféns estão vivos.
Nos últimos dias, o Hamas e Israel têm mantido negociações, através de mediadores, de um eventual alargamento de 45 dias da primeira fase do cessar-fogo.
Israel rompeu o cessar-fogo a 18 de março, depois de não ter permitido que a trégua passasse à segunda fase, o que permitiria uma nova troca de reféns por prisioneiros palestinianos.
Israel acusa o Hamas de ter rejeitado a última proposta, enquanto o movimento que controla Gaza exige a retirada das tropas israelitas do enclave e o fim da guerra.
PSP // SB
By Impala News / Lusa
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