MNE polaco acusa homólogo russo de ir a reunião da OSCE “para mentir”
O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco declarou hoje que o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, está na reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em Malta, para mentir sobre a invasão russa na Ucrânia.
“O senhor Lavrov vem aqui mentir sobre a invasão russa e o que a Rússia está a fazer na Ucrânia. E não vou ouvir essas mentiras. Não me vou sentar à mesma mesa que o senhor Lavrov”, afirmou Radoslaw Sikorski à chegada da reunião ministerial OSCE, em Ta’Qali, Malta.
Em 2022, a Polónia, anfitriã da OSCE, recusou-se a permitir que Lavrov participasse na cimeira, o que irritou a Rússia.
Um porta-voz de Malta, país anfitrião da cimeira da OSCE, disse que Lavrov foi sujeito a um congelamento de bens por parte da União Europeia (UE), mas que não foi proibido de viajar e que foi convidado para “manter certos canais de comunicação abertos”.
Sergei Lavrov chegou hoje a Malta para a cimeira da OSCE, onde se encontra também o seu homólogo ucraniano, na sua primeira visita a um país da União Europeia desde a invasão russa na Ucrânia em 24 de fevereiro 2022. O diplomata russo não visitava a UE desde uma viagem a Estocolmo, em dezembro de 2021, novamente para uma reunião da OSCE, segundo a imprensa russa.
Durante a última cimeira ministerial da organização, há um ano, na Macedónia do Norte, Lavrov acusou a OSCE de ter-se tornado um “apêndice” da NATO e da UE.
A Ucrânia exigiu que a Rússia fosse excluída da organização e boicotou a cimeira de Skopje devido à presença de Lavrov.
Hoje, porém, o chefe da diplomacia ucraniana, Andriï Sybiga, está presente na reunião em Malta que decorre num momento delicado para o país.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também participa na reunião em Ta’Qali, na ilha do Mediterrâneo, mas não tem planos para se reunir com Lavrov.
A OSCE foi fundada em 1975 para aliviar as tensões entre o Leste e o Oeste durante a Guerra Fria. Tem 57 membros, desde a Turquia à Mongólia, incluindo o Reino Unido e o Canadá, bem como os Estados Unidos, a Ucrânia e a Rússia.
A OSCE está paralisada desde a invasão da Ucrânia, tendo a Rússia vetado várias decisões importantes, que exigem consenso.
CSR // APN
By Impala News / Lusa
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