Montenegro promete a Zelensky obter “máximo apoio internacional” para Cimeira da Paz

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, confirmou hoje ao Presidente ucraniano, durante uma conversa telefónica, a presença de Portugal na Cimeira da Paz e assegurou o seu esforço para garantir “o máximo apoio internacional”, revelou Volodymyr Zelensky.

Montenegro promete a Zelensky obter

“Estou grato ao primeiro-ministro Montenegro por confirmar a presença de Portugal e por me garantir que o seu país utilizará os seus contactos para garantir o máximo apoio internacional para a Cimeira da Paz”, referiu o chefe de Estado ucraniano, numa publicação na rede social X.

A cimeira sobre a fórmula da paz proposta por Kiev para a resolução do conflito com a Rússia, que decorrerá em 15 e 16 de junho na Suíça, foi discutida “em detalhe” pelos dois governantes, de acordo com Zelensky.

“Tem o potencial de ser o primeiro passo para restaurar uma paz justa”, frisou o Presidente ucraniano.

A fórmula de paz de Zelensky baseia-se no pressuposto de que a solução para o atual conflito com a Rússia surgirá quando Moscovo abandonar os territórios ucranianos que ocupa e a soberania e a integridade territorial da Ucrânia forem restauradas.

Zelensky adiantou ainda que informou Montenegro “sobre a situação da linha de frente e as tentativas da Rússia de expandir a guerra”.

“Toda a atenção está agora focada nas nossas operações defensivas em curso e no contacto com os militares, necessitando do adiamento de todas as visitas estrangeiras”, referiu ainda.

O porta-voz da Presidência ucraniana tinha adiantado hoje que Zelensky cancelou todas as viagens ao estrangeiro nos próximos dias numa altura em que a Ucrânia enfrenta uma nova ofensiva russa na região de Kharkiv.

Este anúncio foi feito depois de as autoridades espanholas terem anunciado anteriormente uma visita de Zelensky a Madrid e de o Governo português ter dito que também estava em preparação uma deslocação a Lisboa.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os dois beligerantes mantêm-se irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

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By Impala News / Lusa

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