Mortágua apela ao voto dos “invisíveis” e acusa direita de “não saber o que é o trabalho”
A coordenadora nacional do BE fez hoje um apelo ao voto dos “invisíveis e esquecidos” da sociedade, num discurso no qual acusou a direita de “não saber o que é o trabalho” e apontou a mira à IL.

“A todos os invisíveis, que trabalham de sol a sol, queremos dizer a uma só voz: agora. Agora que estamos juntas, agora que sim nos ouvem, agora que sim nos veem, vamos acabar com a exploração, vamos mudar de vida com um voto no BE”, apelou Mariana Mortágua, numa festa-comício organizada hoje pelo partido na Associação de Moradores da Bouça, no distrito do Porto.
Ao sétimo dia de campanha para as legislativas, Mortágua apelou diretamente ao voto de quem trabalha, salientando que o trabalho “define-nos todos os dias”, contudo, “não é tema de campanha”.
A líder bloquista argumentou que “de cada local de trabalho vemos o mundo” de uma forma distinta e é “diferente ver a política a partir de um local de privilégio, fortuna, de herança, ou ver o país a partir do trabalho”.
“A direita não sabe o que é o trabalho difícil, o que é o trabalho que acorda cedo, o trabalho que se esforça para chegar ao fim do mês, porque não vê o trabalho, não vê trabalhadores, não sabe o que é o trabalho”, acusou.
Mortágua voltou a criticar uma proposta da Iniciativa Liberal que visa reduzir o número de funcionários administrativos, argumentando que “o problema” é que esse partido “não faz ideia do que faz um trabalhador do Estado, porque não vê o trabalho”.
“Nós vemos a dona Isabel, que é funcionária administrativa de uma escola e que trabalhou todos os fins de semana para garantir que os professores que foram recolocados – porque nós conseguimos devolver o tempo de serviço aos professores -, tinham salário certo, no escalão certo, no momento certo. É isto que ela faz, doutor Rui Rocha, é processar os salários e garantir que a escola funciona e que os alunos podem ir à escola”, atirou.
ARL // PC
By Impala News / Lusa
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