Netanyahu diz que reféns libertadas “passaram por um inferno”

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que as três reféns libertadas pelo Hamas, como parte do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, “passaram por um inferno”, refere um comunicado do seu gabinete.

Netanyahu diz que reféns libertadas

Numa conversa telefónica com Gal Hirsh, seu chefe de gabinete do caso de reféns, Netanyahu afirmou que as três jovens “passaram pelo inferno”, acrescentando que estavam a sair “das trevas para a luz, da escravatura para a liberdade”.

Milhares de deslocados pela guerra na Faixa de Gaza voltaram para casa, no meio da destruição, no primeiro dia de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas que já levou à libertação destas três de reféns israelitas e contemplará também a de 90 prisioneiros palestinianos aprisionados por Israel.

De acordo com o Fórum de Famílias de Reféns, citado pela AFP, trata-se da anglo-israelita Emily Damari (de 28 anos) e da romeno-israelita Doron Steinbrecher (de 31 anos), ambas capturadas no kibutz Kfar Aza, e Romi Gonen (de 24 anos), sequestrada no festival de música Nova, durante o ataque perpetrado pelo movimento islâmico Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.

As armas silenciaram-se às 09:15 GMT, com quase três horas de atraso face ao previsto, uma vez que o Hamas se atrasou em fornecer a lista de três mulheres israelitas que seriam hoje libertadas, como exigiu Israel.

O ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 resultou na morte de 1.210 pessoas do lado israelita, a maioria delas civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 94 permanecem reféns em Gaza, incluindo 34 mortos, segundo o exército israelita.

Pelo menos 46.913 pessoas, a maioria civis, foram mortas na ofensiva retaliatória israelita em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas considerados confiáveis pela ONU.

ARA // MSF

By Impala News / Lusa

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